sexta-feira, 26 de julho de 2013

Prova de Promoção do QM SEE/SP

Olá, Caros leitores...

Segue os links da bibliografia da Promoção QM.

 Perfis Profissionais e Referenciais Bibliográficos.


Legislação Básica  (Resolução SE-37, de 07/06/2013):

Bibliografia
 

PROFESSOR PEB-II – ENSINO FUNDAMENTAL ANOS FINAIS (6º AO 9º ANO) E/OU ENSINO MÉDIO

Fonte: CRE Mario Covas

terça-feira, 9 de julho de 2013

Concursos Públicos Regionalizados para os integrantes do Quadro do Magistério SP


       Recorte do Diário Oficial
Estado de São Paulo
PODER Executivo  SEÇÃO I
Volume
123
Número
126
São Paulo
Sábado
6
de
julho
de
2013

Página
1



LEI COMPLEMENTAR Nº 1.207, DE 5 DE JULHO DE 2013
Dispõe sobre os Concursos Públicos Regionalizados
para os integrantes do Quadro do Magistério
da Secretaria da Educação, e dá providências
correlatas

O GOVERNADOR DO ESTADO DE SÃO PAULO:
Faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei complementar:
Artigo 1º - Os concursos públicos para ingresso em cargos do Quadro do Magistério serão realizados:
I - regionalmente, observando-se os requisitos para provimento estabelecidos no Anexo III, a que se refere o artigo 8º da Lei Complementar nº 836, de 30 de dezembro de 1997, e o disposto nos artigos 13 a 16 da Lei Complementar nº 444, de 27 de dezembro de 1985;
II - em 2 (duas) etapas sucessivas, de acordo com os critérios fixados na instrução especial que reger o concurso, na seguinte conformidade:
a) 1ª etapa: provas de caráter eliminatório;
b) 2ª etapa: avaliação de títulos para fins de classificação.
§ 1º - Os Concursos Públicos Regionalizados poderão englobar mais de uma Diretoria de Ensino, conforme vier a ser definido no respectivo edital.
§ 2º - As provas, quando realizadas em mais de uma região, poderão ser únicas e aplicadas  concomitantemente.
§ 3º - A critério da Administração, caso o número de candidatos aprovados de uma região seja inferior ao número de vagas oferecidas, as vagas remanescentes poderão ser ofertadas aos candidatos aprovados das demais regiões definidas em edital.
§ 4º - Excepcionalmente, a Secretaria da Educação poderá promover concurso público de âmbito estadual para determinada classe do Quadro do Magistério.
Artigo 2º - Fica instituído o Curso Específico de Formação para o ingressante em cargos do Quadro do Magistério, como parte integrante do período de estágio probatório, com carga horária de, no mínimo, 360 (trezentos e sessenta) horas, na forma a ser disciplinada em resolução do Secretário da Educação.
Artigo 3º - Os dispositivos adiante indicados passam a vigorar com a redação que se segue:

I - o artigo 35 da Lei Complementar nº 444, de 27 de dezembro de 1985:
“Artigo 35 - A remoção de docentes poderá se efetivar pela jornada de trabalho em que o professor esteja incluído ou por qualquer uma das Jornadas de Trabalho Docente previstas para a classe, exceto a Jornada Reduzida de Trabalho Docente.” (NR);

II - da Lei Complementar nº 836, de 30 de dezembro de 1997:
a) os §§ 2º e 3º do artigo 12:
“Artigo 12 - ..........................................................
§ 2º - Na hipótese de acumulação de dois cargos ou funções docentes ou de um cargo de suporte pedagógico com um cargo ou função docente, a carga horária total da acumulação não poderá ultrapassar o limite de 65 (sessenta e cinco) horas semanais.
§ 3º - O disposto no § 2º deste artigo aplica-se aos ocupantes e função atividade e aos docentes contratados nos termos da Lei Complementar nº 1.093, de 16 de julho de 2009.” (NR);





b) o artigo 14:
“Artigo 14 - O ingresso de docentes dar-se-á sempre em Jornada Inicial de Trabalho Docente, caracterizando-se a vaga quando existirem aulas disponíveis da disciplina do cargo de ingresso em quantidade correspondente à carga horária dessa jornada.
§ 1º - Em caso de número de aulas disponíveis da disciplina do cargo que não possibilite a constituição da Jornada Inicial de Trabalho Docente, a vaga para ingresso poderá ser caracterizada
em Jornada Reduzida de Trabalho Docente, a critério da Administração.
§ 2º - Os docentes titulares de cargos sujeitos à Jornada Básica de Trabalho Docente, à Jornada Inicial de Trabalho Docente ou à Jornada Reduzida de Trabalho Docente poderão exercer suas funções em jornadas de maior duração, previstas nos incisos I, II e III do artigo 10 desta lei complementar, na forma a ser estabelecida em regulamento.” (NR).


Artigo 4º - Ficam acrescentados os §§ 3º, 4º e 5º ao artigo 33 da Lei Complementar nº 444, de 27 de dezembro de 1985, alterado pela alínea “a” do inciso I do artigo 3º da Lei Complementar nº 1.094, de 16 de julho de 2009, com a seguinte redação:
“Artigo 33 - ......................................................... .........................
§ 3º - No processo anual de atribuição de classes e aulas dos integrantes das classes de docentes do Quadro do Magistério é vedada a redução da jornada de trabalho, sempre que existirem aulas disponíveis para constituição na unidade escolar de classificação.
§ 4º - Excepcionalmente, poderá ocorrer a redução da jornada de trabalho, salvo para a Jornada Reduzida de Trabalho Docente, no ano seguinte ao da vigência da opção e desde que o docente permaneça, no ano correspondente à opção, com a jornada pretendida de menor duração e mais as aulas que a excederem, a título da carga suplementar, em quantidade que totalize, no mínimo, a carga horária correspondente à sua jornada da vigência da opção.
§ 5º - Na situação prevista no § 4º deste artigo, a atribuição das aulas excedentes a título de carga suplementar ocorrerá já na fase de constituição da jornada de trabalho.”

Artigo 5º - As despesas decorrentes da aplicação desta lei complementar correrão à conta das dotações próprias consignadas no orçamento vigente, ficando o Poder Executivo autorizado a abrir créditos suplementares, se necessário, mediante utilização de recursos nos termos do § 1º do artigo 43 da Lei federal nº 4.320, de 17 de março de 1964.

Artigo 6º - O Poder Executivo regulamentará esta lei complementar.

Artigo 7º - Esta lei complementar entra em vigor na data de sua publicação, ficando         revogados o  § 2º do artigo 24 da Lei Complementar nº 444, 27 de dezembro de 1985,      e os   artigos 7º e 8º da Lei Complementar nº 1.094, de 16 de julho de 2009
Palácio dos Bandeirantes, 5 de julho de 2013
GERALDO ALCKMIN
Herman Jacobus Cornelis Voorwald  Secretário da Educação
Andrea Sandro Calabi  Secretário da Fazenda
Júlio Francisco Semeghini Neto  Secretário de Planejamento e Desenvolvimento Regional
Davi Zaia  Secretário de Gestão Pública
Edson Aparecido dos Santos
Secretário-Chefe da Casa Civil
Publicada na Assessoria Técnico-Legislativa, aos 5 de julho de 2013.







Artigos e parágrafos revogados

§ 2º do artigo 24 da Lei Complementar nº 444, 27 de dezembro de 1985
§ 2º – O concurso de remoção sempre deverá preceder o de ingresso e de acesso para o provimento dos cargos de carreira do Magistério e somente poderão ser oferecidas em concurso de ingresso e acesso as vagas remanescentes do concurso de remoção.
Lei Complementar nº 1.094, de 16 de julho de 2009
Artigo 7º - Os concursos públicos para ingresso em cargos do Quadro do Magistério observarão os requisitos mínimos de titulação estabelecidos no Anexo III a que se refere o artigo 8º da Lei complementar nº 836, de 30 de dezembro de 1997 e serão realizados em três etapas sucessivas, a primeira de provas, a segunda de avaliação de títulos e a terceira constituída por curso específico de formação, sendo a primeira e a terceira etapas eliminatórias e a segunda apenas classificatória.
§ 1º - O curso específico de formação a que alude o “caput” deste artigo será realizado na forma a ser disciplinada em instrução especial contida no edital de cada concurso público e terá carga horária semanal de 20 horas.
§ 2º - Durante o período do curso específico de formação, o candidato fará jus a bolsa de estudo mensal correspondente a 75% (setenta e cinco por cento) do valor da remuneração inicial do cargo pretendido.
§ 3º - A classificação final do concurso decorrerá do resultado obtido pelo candidato na primeira e segunda etapas e somente poderão prosseguir para a terceira etapa os candidatos que obtiverem classificação final equivalente ao número de vagas oferecidas no respectivo edital e que confirmarem o interesse pelas mesmas, em sessão de escolha de vagas organizada pela Secretaria da Educação.
§ 4º - Serão considerados aprovados no concurso, para fins de nomeação, conforme as vagas escolhidas, os candidatos que concluírem com êxito a terceira etapa, de acordo com o resultado de prova a ser realizada ao término do curso de formação.
Artigo 8º - Nos casos de remoção de que trata o artigo 24 da Lei complementar nº 444, de 27 de dezembro de 1985, o docente titular de cargos que, removido por determinada jornada, não conseguir entrar em exercício por conta de ausência de aulas que a componham, poderá reduzi-la.

Autorização novos concurso público -Estado de São Paulo


       Recorte do Diário Oficial
Estado de São Paulo
PODER Executivo  SEÇÃO I
Volume
123
Número
126
São Paulo
Sábado
6
de
julho
de
2013

Página
3



Atos do Governador
DESPACHOS DO GOVERNADOR, DE 5-7- 2013

Na interessada Secretaria da Educação, sobre autorização para o provimento de cargos: "Diante dos elementos de instrução do processo e à vista da manifestação da Secretaria da Educação, autorizo a Pasta requerente a adotar as providências necessárias para o provimento de 418 cargos de Analista Administrativo, mediante a abertura de concurso público e/ou aproveitamento de remanescentes de concursos públicos com prazo de validade em vigor, bem como de 400 cargos de Analista de Tecnologia, mediante a abertura de concurso público, criados pela Lei 15.058-2013, observadas as disponibilidades orçamentárias e obedecidos os preceitos legais e regulamentares atinentes à espécie."

No processo SE-141-08, vols. I e II (CC-15.704-09), sobre autorização para o provimento de cargos: "Diante dos elementos de instrução do processo, da representação do Secretário da Educação e da manifestação da Secretaria de Gestão Pública, autorizo a Pasta requerente a adotar as providências necessárias para o provimento de 87 cargos de Executivo Público, em vagas relacionadas às fls. 408/409, bem como a proceder à reposição automática dos cargos que vierem a vagar no exercício de 2013, mediante o aproveitamento de remanescentes de concurso  público com prazo de validade em vigor, observadas as disponibilidades orçamentárias e obedecidos os demais preceitos legais e regulamentares atinentes à espécie."

No processo SE-175-09 (CC-47.611-09), sobre autorização para o provimento de cargos: "Diante dos elementos de instrução do processo, da representação do Secretário da Educação e da manifestação da Secretaria de Gestão Pública, autorizo a Pasta requerente a adotar as providências necessárias para o provimento de 127 cargos de Oficial Administrativo, em vagas relacionadas às fls. 284/286, bem como a proceder à reposição automática dos cargos que vierem a vagar no exercício de 2013, mediante o aproveitamento de remanescentes de concurso público com prazo de validade em vigor, observadas as disponibilidades orçamentárias e obedecidos os demais preceitos legais e regulamentares atinentes à espécie."

No processo SE-104-13 (SGP-68.944-13), sobre autorização para o provimento de cargos de PEB II, mediante concurso público: "Diante dos elementos de instrução do processo, à vista da manifestação da Secretaria da Educação e do pronunciamento favorável da Secretaria de Gestão Pública, autorizo a Pasta requerente a adotar as providências necessárias para a abertura de concurso público, visando ao provimento de 59.000 cargos de Professor Educação Básica II, observadas as disponibilidades orçamentárias e obedecidos os demais preceitos legais e regulamentares atinentes à espécie."



terça-feira, 11 de junho de 2013

Sugestão Literária: "Gabi, perdi a hora!"



Você já deve ter imaginado alguma expressão que não compreendeu quando lhe disseram. Assim é com a Gabi, a personagem do livro de João Basílio e com as maravilhosas ilustrações de André Neves- que já publicou alguns livros e ganhou vários prêmios. Sobre o texto é muito bem escrito de uma forma que você viaja na leitura. Gabi fica "encucada" quando seu pai desabafa pela manhã "que perdeu a hora!", daí essa "hora" se torna uma emocionante viagem.



Ah!!! Encontrei o blog do autor JOÂO BASÍLIO.

Descubra a orquestra

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Prêmio Victor Civita Educador nota


Premio Victor CivitaPremio Victor CivitaPremio Victor CivitaPremio Victor CivitaPremio Victor CivitaPremio Victor CivitaPremio Victor CivitaPremio Victor Civita

Estudo de Reforço e Recuperação: oportunidade!!!

Comunicamos às equipes Escolares que teremos Estudos de Reforço e Recuperação em Língua Portuguesa e Matemática no período de Recesso Escolar. Esta ação contemplará os alunos dos 6º e 9º anos do Ensino Fundamental, assim como os das 3ª séries do Ensino Médio.
A CGEB disponibilizará, no período de 6 a 13 de junho de 2013, a Pesquisa de Interesse, que visa quantificar os docentes que desejam atuar nesta ação. Para acessá-la, basta seguir o caminho: Portal da SEE (www.educacao.sp.gov.br)           Sistema GDAE (Acessar o site com usuário e senha)    ícone intitulado “Pesquisa de interesse”.

As aulas que propiciarão os Estudos de Reforço e Recuperação serão atribuídas a título de serviço extraordinário, ou como complementação de carga horária de trabalho docente.
Com o intuito de auxiliar o desenvolvimento do trabalho, as equipes curriculares estão preparando um documento com algumas sugestões de sequências didáticas, que será divulgado pela CGEB. Informamos, ainda, que uma Resolução está em fase de conclusão, e será publicada em breve, com os termos desta ação em sua completude.


Dirigente Regional de Ensino
 

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Nova Escola | Educação - Lino de Macedo fala sobre a importância dos jogos

Jogos: quando, como e por que usar



Os alunos conhecem diferentes jogos e aprendem os conteúdos. Você tem em mãos uma ferramenta lúdica e instigante. Saiba como incluí-la na rotina da turma

Beatriz Santomauro (bsantomauro@fvc.org.br)



Jogos: quando, como e por que usar

Os alunos conhecem diferentes jogos e aprendem os conteúdos. Você tem em mãos uma ferramenta lúdica e instigante. Saiba como incluí-la na rotina da turma

Beatriz Santomauro (bsantomauro@fvc.org.br)
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Os alunos conhecem diferentes jogos e aprendem
os conteúdos. Foto: Daniela Toviansky
Diante de um jogo, crianças e adolescentes dão o melhor de si: planejam, pensam em estratégias, agem, analisam e antecipam o passo do adversário, observam o erro dele, torcem, comemoram - ou lamentam - e propõem uma nova partida. Todo esse interesse faz dele um valioso recurso, que pode ser incluído nas aulas com dois objetivos: ensinar um conteúdo ou simplesmente ensinar a jogar.

O material permite trabalhar diversas aprendizagens, como conciliar interesses com os colegas e enfrentar dificuldades. "Um bom jogo é desafiador, permite a interação entre os participantes e mostra a eles se alcançaram seu objetivo sem que o professor precise dar essa indicação", explica Ana Ruth Starepravo, que defendeu o doutorado na Universidade de São Paulo (USP) sobre jogos nas aulas de Matemática.

Para crianças e jovens, o principal atrativo é o caráter lúdico, conceito por vezes mal compreendido, mas que indica que a prática é divertida e pressupõe uma relação interessante entre os participantes. Porém não ficam de fora o compromisso, o esforço, o trabalho e até a frustração. O prazer que proporciona é ligado à superação, à satisfação de ganhar ou de ser melhor que antes. "A motivação é intrínseca. E há sempre a possibilidade de repetir a experiência", diz Lino de Macedo, docente aposentado do Instituto de Psicologia da USP e especialista no tema.

O lúdico, segundo o biólogo suíço Jean Piaget (1896-1980), faz parte de nossa vida desde o nascimento por meio de diferentes tipos de jogo. O de exercício (caracterizado pela repetição) e o simbólico (o faz de conta) estão muito presentes no cotidiano das crianças desde cedo, além do jogo de regras, que tem papel mais significativo conforme elas ficam maiores. De acordo com a definição de Piaget no livro A Formação do Símbolo na Criança (376 págs., Ed. LTC, tel. 21/3970-9450, 83 reais), jogos de regras são aqueles "regulamentados, quer por um código transmitido de gerações em gerações, quer por acordos momentâneos". Macedo explica que neles existe a regulação, uma mudança de comportamento do participante a cada instante. "Isso tem a ver com a natureza da atividade: prestar atenção, ver o que o outro faz e ajustar sua ação." No jogo da velha, por exemplo, precisamos levar em conta o quadradinho marcado pelo adversário para ter êxito.

Nem todos os educadores, no entanto, veem os jogos de regras com bons olhos, muitas vezes porque eles geram competição. Para Macedo, a disputa é benéfica e deve ser incentivada na escola. "A palavra competir indica que os oponentes se orientam para a mesma direção, que é ganhar. Ambos perseguem um resultado, uma melhor competência, e esse processo implica colaboração, cooperação e respeito mútuo e à regra."

Planejar para oferecer o material à turma com frequência é essencial

A inclusão de jogos na escola demanda planejamento. Antes de disponibilizá-los para a garotada, analise a variedade e a quantidade disponível para avaliar se todos podem brincar ao mesmo tempo ou se é necessário fazer um rodízio. Além disso, os jogos devem ser atraentes e bonitos e ter bom acabamento. "É na intensidade, na fascinação, na capacidade de excitar que residem a própria essência e a característica primordial do jogo", diz Johan Huizinga (1872-1945) em Homo Ludens (256 págs., Ed. Perspectiva, tel. 11/3885-8388, 29 reais), um clássico sobre o assunto.

O segundo passo é prever horários para explorar o recurso. Os estudantes precisam compreender as regras, saber como usá-las e ter a possibilidade de aprimorar suas estratégias a cada nova experiência. "Isso não pode ser feito eventualmente ou em pouco tempo, mas com regularidade", diz Rosely Palermo Brenelli, professora aposentada da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). "O importante é jogar, jogar, jogar. E refletir, refletir, refletir para depois começar novamente", completa Macedo. É nesse vaivém que o aluno aprimora sua prática. Nas páginas a seguir, mostramos como incluir os jogos na rotina. Para ajudá-lo a iniciar o trabalho, indicamos 14 exemplos, entre clássicos e os poucos usados em sala.

Para ensinar a jogar

Um ritual de ações em que os aspectos social, afetivo e cognitivo estão presentes faz do jogo um recurso importante mesmo que ele não esteja a serviço do ensino de um conteúdo. De acordo com Macedo, o jogo é social por natureza, já que seus participantes se relacionam e obedecem às mesmas regras que seus oponentes. O lado afetivo, ele revela na mobilização de emoções e de energia. Em relação ao desenvolvimento cognitivo, o pesquisador ressalta as habilidades usadas durante uma partida: raciocínio, antecipação de jogadas e previsão das consequências da ação.

Para que tudo isso seja explorado, é preciso organizar um acervo. Ele deve ser escolhido de acordo com os objetivos didáticos e incluir exemplares que envolvam apenas sorte (como os de percurso, com dados), estratégia (caso do xadrez) ou ambas as características (como o gamão). "Assim como pensamos em uma diversidade textual nas aulas de Língua Portuguesa, devemos pensar na de jogos. Não há como dizer que um tipo é melhor que outro, assim como não é verdade que poesia é mais importante que crônica", diz Adriana Klysis, diretora da Caleidoscópio Brincadeira e Arte.

Organizados por um docente ou por alguém da equipe gestora, os jogos precisam ficar disponíveis, assim como os livros na biblioteca. Dessa forma, todos têm a oportunidade de escolhê-los e usá-los com autonomia. Nos anos iniciais, quando um professor acompanha a maior parte da rotina, pode-se determinar um horário para esse fim durante as aulas. Já do 6º ao 9º ano, quando os educadores passam pouco tempo com os alunos, os períodos de intervalo são uma opção desde que eles saibam quem consultar em caso de dúvidas. "É comum os jogos serem propostos até o 5º ano e depois desaparecerem da rotina. Isso ocorre por falta de um responsável por eles, e não porque perderam importância", explica Rosely.

Adriana destaca a importância de o educador indicado para a tarefa conhecer as regras e estratégias dos exemplares disponíveis. "Somente se estiver envolvido com a proposta ele consegue incentivar a participação da meninada." Um meio de despertar o interesse dos jovens é pedir que descubram a história dos jogos, como a do clássico mancala, ou quais as regras adotadas em cada lugar em que ele é jogado (veja os exemplos de jogos abaixo). Mas lembre: esses estudos não substituem as partidas realizadas entre a garotada.

Os alunos se aprimoram com a prática e a discussão sobre estratégias

Um mesmo jogo oferece desafios diversos em diferentes momentos. Se nos primeiros contatos o domínio das regras exige mais concentração, analisar os movimentos do adversário passa a ser fundamental para ganhar. Numa eventual troca de parceiros, o jogador confronta outros pontos de vista e revê as estratégias utilizadas no início. O aprendizado trazido por essa experiência - como saber lidar com situações adversas e conviver com pessoas que têm outras opiniões - pode beneficiar o aluno nas demais atividades realizadas na escola. Isso é potencializado quando o professor chama a atenção dele para isso. "Convidar a criança a fazer uma autoavaliação, refletindo sobre os meios que utilizou para alcançar o resultado, colabora para que ela tenha consciência de seus erros e acertos", afirma Rosely.

Para que os estudantes ampliem a compreensão sobre os jogos e aprimorem suas habilidades, troque ideias com eles sobre a estrutura e a dinâmica de cada um. Vale observar o que já sabem e depois fazer perguntas. No caso do dominó, questione: "Qual o total de peças?", "Quais números aparecem nelas?", "Quantas vezes aparece cada número?" e "Existem peças idênticas?". Dessa forma, fica claro que saber as regras e ter sorte não basta para ganhar. É fundamental conhecer as peças para antecipar as ações do adversário. Discuta o tema apresentando uma situação - real ou inventada - envolvendo o quebra-cabeça, por exemplo. Para enriquecer a conversa, veja se a turma sugere meios de facilitar os encaixes. Depois, compartilhe uma estratégia: "É vantajoso começar pelas bordas?" e "É possível fazer o mesmo com outro quebra-cabeça?". Mediações como essa e encaminhamentos para questões apresentadas pelos alunos não podem faltar.
Sudoku
Anos
6º ao 9º.
Objetivos didáticos Formular hipóteses e verificar se elas se confirmam.
Objetivo do jogo Preencher nove diagramas com nove casas cada, sem repetir os números de 1 a 9.

Mancala
Anos
1º ao 9º.
Objetivos didáticos Prever a jogada do adversário e procurar a melhor estratégia.
Objetivo do jogo Conseguir capturar a maior quantidade de sementes.

Quebra-cabeça
Anos
1º ao 9º.
Objetivos didáticos Identificar peças e criar estratégias para montá-las e fazer escolhas.
Objetivo do jogo Sozinho ou em pequenos grupos, identificar e unir peças para compor uma figura.

Dominó
Anos
1º ao 9º.
Objetivos didáticos Antecipar a jogada do oponente, calcular e escolher a melhor peça.
Objetivo do jogo Terminar primeiro as peças que possui, encaixando-as nas de mesmo número já postas na mesa.

Cara a cara
Anos
1º ao 9º.
Objetivo didático Relacionar informações, pensar em questões e aproveitar respostas para avançar no jogo.
Objetivo do jogo Adivinhar o personagem escolhido por um colega com base em pistas sobre suas características.

Mexe-mexe
Anos
3º ao 9º.
Objetivo didático Utilizar as cartas que já estão em um jogo para compor outras combinações.
Objetivo do jogo Ser o primeiro a terminar as cartas que tem em mãos.



Para ensinar conteúdos

Se seu objetivo é trabalhar um tema do currículo, não basta distribuir os jogos e pôr todo mundo para brincar. É preciso pensar neles como um recurso possível dentro de um planejamento maior e fazer sua escolha com base no desafio que podem gerar. Assim, eles sempre estarão incluídos em uma sequência didática. "O material pode aparecer como um problema inicial e, em seguida, outras atividades são propostas para estudar os conteúdos em questão", diz Ana Ruth. É o caso do fugi-fugi nas aulas de Educação Física, ponto de partida para o estudo da corrida (veja os exemplos de jogos em todas as disciplinas abaixo).

Outra possibilidade é apresentar o recurso no fim de uma etapa. Isso ocorre durante a elaboração das cartas do perfil. Nesse jogo, o objetivo é identificar as características do que está sendo descrito - o sistema solar em Ciências, por exemplo. "As crianças pensam nas curiosidades e características que devem ser citadas nas cartas relembrando o que viram nas aulas. Os textos permitem ao professor verificar o quanto foi aprendido ou o que precisa ser retomado", diz Cristian Annunciato, físico e pesquisador da Sangari Brasil.

Ao eleger um conteúdo e identificar qual jogo pode ser usado para ensiná-lo, planeje como será feita a organização da sala, qual o tempo destinado à atividade e a divisão das equipes. Também considere os pontos que podem virar uma discussão posterior conforme a intenção do trabalho e sua experiência. Mas, se você quer usar um que necessita de adaptações para se adequar ao conteúdo a ser tratado, reavalie. Será que esse é mesmo o melhor recurso? Se sim, existe outro modelo que se aproxime mais do seu objetivo?

Caso a adaptação seja realmente necessária, certifique-se de que as alterações feitas mantiveram a clareza das regras e os modos de atingir os objetivos. Outra condição: o entretenimento tem de se manter instigante. Um bom exemplo é o bingo, em que os números podem ser substituídos por letras para que ele seja usado nas aulas de alfabetização. "O jogo não pode ser descaracterizado e deve significar um desafio real para o grupo. Isso varia conforme os alunos e também com o passar do tempo", comenta Adriana.

Enquanto a turma joga, seu papel é o de observador. A discussão vem depois

Durante a partida, observe e registre o que acontece: avalie como os alunos lidam com os desafios. Evite intervir a todo momento e garanta que tenham, de fato, liberdade para decidir o que fazer. "O professor deve permitir que cada um busque o que considera a melhor solução. Se simplesmente mostra como jogar ou fica interrompendo, descaracteriza a atividade", complementa Ana Ruth. Para as crianças que estão aprendendo a contar, por exemplo, calcular a pontuação de uma partida de pega-varetas é um grande momento. O professor, então, deve dar espaço para que encarem o desafio, mas também planejar situações-problema para abordar o conteúdo com toda a turma. Se elas contam os pontos de maneira menos prática (de 1 em 1), em vez de agrupar as varetas de mesma pontuação, a discussão pode incluir a comparação de cálculos e as estratégias mais eficientes.

Terminada a brincadeira, encaminhe a conversa com base nas suas anotações e peça que todos apresentem argumentos ou pensem no porquê dos erros. Ao entender as diferentes situações, eles jogam melhor.

Tendo essa vivência durante a trajetória escolar, crianças e adolescentes estarão preparados para muitas situações de sua vida - e para as próximas partidas.
Bingo de nomes
Língua portuguesa
Anos
1º e 2º.
Objetivo didático Identificar as letras que compõem os nomes da turma.
Objetivo do jogo Completar primeiro um nome escrito em uma cartela com as letras ditadas pelo professor.

Pega-varetas
Matemática
Anos
3º e 4º.
Objetivo didático Aprimorar estratégias de cálculo mental.
Objetivo do jogo Conquistar mais pontos recolhendo uma a uma varetas coloridas (com valores variados) jogadas na mesa sem mover as demais.

RPG (Role-playing games)
História
Ano
9º.
Objetivo didático Interpretar a posição de diferentes países durante a Guerra Fria.
Objetivo do jogo Assumir ações e falas de acordo com as características da nação que representa.

Batalha naval
Geografia
Anos
2º ao 5º.
Objetivos didáticos Conhecer coordenadas geográficas e sistemas de localização de pontos na superfície terrestre.
Objetivo do jogo Descobrir, numa tabela, onde o oponente desenhou veículos de guerra.

Desenho e adivinhação
Língua estrangeira
Ano
6º.
Objetivo didático Relembrar o vocabulário sobre alimentos típicos de um piquenique.
Objetivo do jogo Identificar o que foi desenhado por um integrante do seu time e falar na língua estrangeira.

Perfil
Ciências
Anos
5º e 6º.
Objetivo didático Identificar as características de planetas, estrelas e satélites.
Objetivo do jogo Baseado em cartas e relatos dos concorrentes, descobrir qual é o elemento do sistema solar.

Fugi-fugi
Educação física
Anos
1º ao 5º.
Objetivos didáticos Correr, perseguir, desviar, fugir e pegar.
Objetivo do jogo O pegador deve capturar o maior número de pessoas enquanto os demais procuram escapar para serem vencedores.

Leilão de obras de arte
Arte
Anos
4º e 5º.
Objetivos didáticos Reconhecer características dos quadros de Frans Post (1612-1680) e aspectos históricos.
Objetivo do jogo Identificar, com o menor número de pistas, o quadro descrito no cartão.


























JOGOS EM PDF

FONTE NOVA ESCOLA