O 3,14159265 Assessoria Pedagógica tem o objetivo de discutir o Ensino de Matemática na Educação Básica, especialmente as séries inicias do Ensino Fundamental com intuito de promover momentos de aprendizagem àqueles que cumprem o papel de formador - o professor. Logo, este blog visa ampliar a visão de um ensino contemporâneo e significativo tanto para o aluno como para o professor. Além de discutir e publicar notícias relacionadas com a Educação.
terça-feira, 27 de novembro de 2012
sexta-feira, 23 de novembro de 2012
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Inscrições para Programa de Estágio no Japão vão até dezembro
Interessados em realizar intercâmbio no Japão podem se inscrever até o dia 7 de dezembro no Programa de Estágio em Toyama. Com duração de seis meses, o programa é voltado para funcionários da Secretaria da Educação e Professores de Escolas Estaduais de São Paulo, começando em 19 de maio e terminando em novembro de 2013.
A província de Toyama mantém uma parceria com a Secretaria da Educação de São Paulo desde 2009 por meio do "Programa de Estágio para Promoção da Convivência Multicultural", pelo qual um educador é escolhido por ano. Os selecionados passam um semestre no Japão, com todas as despesas custeadas pela província, onde ajudará na formação de brasileiros que moram na região.
Ao retornar para o Brasil, o intercambista também tem a missão de compartilhar as experiências obtidas durante a viagem. Os requisitos para participar do programa são atuar como funcionário da Secretaria da Educação ou como Professor de Escola Estadual em São Paulo, ter domínio da língua japonesa e faltarem, no mínimo, cinco anos para retirar sua aposentadoria.
VEJA AQUI QUEM PODE PARTICIPAR
Os interessados deverão contatar uma das pessoas abaixo:
- Dra. Irene Kazumi Miura: Tel. 3218-3462 / E-mail: irene.miura@edunet.sp.gov.br
- Profª Maria Cristina Noguerol Catalan: 3225-5141 (CRE Mário Covas)/ E-mail: mcristina.noguerol@edunet.sp.gov.br
- Profª. Valeria Tarantello: Tel. 3866-0645 / E-mail: valeria.georgel@edunet.sp.gov.br
fonte: SEE/SP
Seriado gravado em escola estadual estreia neste domingo
Estreia na TV Cultura, no próximo domingo (11), às 14h30, o programa Pedro & Bianca. A série, produzida pela TV em parceria com a Secretaria da Educação, por meio da Fundação para o Desenvolvimento da Educação, fala com humor e também com seriedade sobre a complexidade da juventude.
“O programa permite que nossos jovens possam refletir sobre si mesmos, sobre seus valores, suas atitudes, a maneira como convivem na escola ou em casa. Ao identificar-se com os personagens da série, nossos alunos podem refletir e discutir sobre temas sensíveis sem que tenham de expor a si mesmos e a seus colegas”, afirma Claudia Aratangy, diretora do Departamento de Projetos Especiais da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE).
A série é gravada na E.E. Alberto Torres, zona Oeste de São Paulo. É lá que os personagens, alunos do 1º ano do Ensino Médio, vivem suas principais experiências. O programa tem 46 episódios de 30 minutos cada e cinco programas de auditório. Ao todo, a série contou com a participação de 150 atores e mais de dois mil figurantes.
fonte: SEE/SP
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Site reúne dados comparativos sobre a educação básica no Brasil
Portal QEdu tem números da Prova Brasil e do Censo Escolar do MEC.
Usuários podem consultar desempenho de escolas, cidades e estados.
Ana Carolina Moreno
Do G1, em São Paulo
saiba mais
Além de trazer o desempenho de cada escola, rede escolar, município e
estado, o site incluiu todas as respostas de milhares de questionários
respondidos pelos participantes da Prova Brasil --alunos, professores e
diretores das escolas.Colégios particulares também aparecem no sistema de buscas do Qedu, com dados do Censo Escolar, já que a Prova Brasil, atualmente, é aplicada apenas para alunos da rede pública.
Segundo Ricardo Fritsche, co-fundador da Meritt e um dos idealizadores do portal, o objetivo do QEdu é traduzir o volume cada vez maior de dados educacionais produzidos no Brasil em informação que pode ser facilmente acessada e discutida por gestores e pela sociedade. "O QEdu tem mais conhecimento sobre a rede de educação básica de um município que o secretário de educação que vai assumir no ano que vem", disse.
"Ainda que o Brasil tenha muitos dados educacionais disponíveis, eles não são amplamente divulgados ou efetivamente utilizados pelos gestores.", afirma o diretor executivo da Fundação Lemann, Denis Mizne. "O objetivo do QEdu é mudar esse cenário e, com isso, ajudar a melhorar o desempenho dos alunos."
Visualização no QEdu do desempenho de alunos do 9º do fundamental em matemática (Foto: Reprodução)
Séries históricasO próximo passo dos criadores do portal é inserir os dados da Prova Brasil 2011 --dados resumidos foram divulgados no segundo semestre pelo Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), mas as informações completas devem se tornar públicas ainda neste mês.
No Brasil, apenas 10% dos estudantes no 9º do fundamental tinham em 2009 aprendizado adequado em matemática
A meta não oficial do Movimento Todos pela Educação, financiado pela iniciativa privada para defender a educação pública de qualidade no Brasil, é que proporção de alunos que deve aprender o adequado até 2022 seja de 70%.
Além do desempenho dos estudantes, é possível verificar a infraestrutura nas escolas. Centenas de questões respondidas por alunos, professores e diretores mostram, por exemplo, que em 2009 um quarto das escolas públicas não tinha acesso local à internet, nem com uma conexão discada.
Entre as respostas dos professores, chama atenção o fato de que só 33% de quase 160 mil docentes terem afirmado, no questionário da Prova Brasil de 2009, que conseguiram desenvolver mais de 80% do conteúdo curricular na sala de aula. Na sala de um em cada cinco professores, os alunos deixaram de ver pelo menos 40% da matéria esperada durante o ano letivo.
Matrícula antecipada para o Ensino Médio da rede estadual começa amanhã
amanhã
Período de inscrição é voltado a alunos que não frequentaram a rede pública atualmente e vai até o dia 23 deste mês
Começa
amanhã (07/11) o período de matrícula antecipada para o Ensino Médio
regular e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) em escolas públicas para
o ano letivo de 2013. O prazo para inscrições vai até o dia
23 deste mês e é voltado aos estudantes que não frequentam a rede
pública de ensino atualmente ou àqueles que pretendam retomar os estudos
no próximo.
Para
fazer o cadastro, basta o responsável pelo aluno comparecer a uma
escola pública e fornecer as informações necessárias (nome completo do
candidato, data de nascimento,
endereço residencial e telefone para contato). É recomendável levar a
certidão de nascimento e o comprovante de residência.
Esse
período de matrícula é destinado somente aos estudantes que estão fora
da rede pública. Os alunos que concluírem o Ensino Fundamental em escola
pública ou da rede Sesi
neste ano estão sendo consultados sobre o interesse em cursar o Ensino
Médio na rede estadual.
Aqueles
que já estavam matriculados no Ensino Médio em escolas estaduais ou
municipais neste ano não precisam se cadastrar. Eles darão continuidade
aos estudos na rede pública
automaticamente.
São Paulo, 6 de novembro de 2012
Assessoria de Imprensa
segunda-feira, 15 de outubro de 2012
FELIZ DIA DOS PROFESSORES!!!
Apesar das barreiras de infraestrutura e econômicas, nos levantamos todas as manhãs para lutar contra a correnteza que insiste em nos abater !!! Parabéns aos colegas de carreira! Gostaria que a mídia mostrasse nossa real situação, não o que somente querem mostrar ao público. Somos gente! Apesar de Paulo Freire ser brasileiro, percebo que nossos governantes não aprenderam nada com ele!Como Freire disse em seu livro Pedagogia da Autonomia : "quem forma se forma e re-forma ao formar, e quem é formado forma-se e forma ao ser formado", nossos representantes deveriam repensar a Educação dessa forma, só assim teriamos um Brasil melhor e mais dignidade. Ser brasileiro não dizer " Sou brasileiro e não desisto nunca!" e sim, agir como um brasileiro que não desiste e insiste em um país que tenha efetivamente uma Educação de qualidade, onde 90% da população leia e tenha acesso a leitura. Somos gente! Somos idealizadores e sonhadores! Parabéns!!!
segunda-feira, 1 de outubro de 2012
Um bom exemplo a seguir!
01/10/2012 09h47
- Atualizado em
01/10/2012 09h47
Idoso de 101 anos volta à escola em Cuiabá para aprender a ler e escrever
Morador de Cuiabá frequenta diariamente curso para jovens e adultos.
Simonídio vai sozinho de ônibus e a motivação é adquirir 'sabedoria'.
Kelly Martins
Do G1 MT
Idoso de 101 anos decidiu voltar a estudar em Cuiabá para ler e escrever (Foto: Kelly Martins/G1)
Às 5h da manhã o relógio desperta, Simonídio Rosa se arruma e reforça
no café da manhã. É sozinho e carregando uma mochila, que pega o ônibus
coletivo em Cuiabá, desce no terminal, e enfrenta mais um ônibus que vai
deixá-lo em uma esquina próxima à escola. Essa é a rotina normal de
muitos estudantes; a única diferença, neste caso, é que o aluno tem 101
anos. "Eu quero é aprender", afirma o aposentado que decidiu voltar à
sala de aula e romper os limites da idade.Morador da capital, Simonídio participa diariamente de um curso de educação para jovens e adultos não alfabetizados. Nem mesmo a distância ou o problema de visão que possui o impedem de ser um aluno frequente. “A coisa mais triste na vida é não saber ler. Quem não sabe ler é como alguém que não fala. Eu já aprendi a escrever o meu nome”, comemora.
“Não gosto de chegar atrasado. E tenho que pegar dois ônibus, por isso saio cedo de casa para não perder a hora da escola e nem do ônibus”. A residência fica no bairro Umuarama e a Escola Estadual Almira Amorim, no bairro CPA III, onde estuda das 7h às 11h.
Simonídio conta que estuda há mais de dois anos e aprendeu a escrever o seu nome completo. Porém, já consegue ler várias palavras escritas com letras grandes já que enfrenta dificuldades por conta de problemas na visão. Com o bom humor sendo uma das suas principais características, Simonídio rebate em seguida: “Vou fazer o que em casa? Tenho problemas, enfrento e amo demais estar aqui [na escola]”.
O importante é não depender de ninguém. Faço tudo sozinho"
Simonídio Rosa
A sala de aula é composta por alunos jovens, idosos e também deficientes. Para o idoso, a integração é o seu grande estímulo nas aulas que são direcionadas para cada um de acordo com as necessidades. “Eles me respeitam, me tratam muito bem. Só não gosto de bagunça na sala”, diz aos risos.
Nascido no Rio de Janeiro, criado na roça, o aposentado foi para Mato Grosso na década de 70 para trabalhar e deixou oito irmãos no RJ. Já casou duas vezes, não tem filhos, mas criou quatro enteados e tem duas netas. Atualmente mora com a esposa Ana Maria, de 50 anos, e um enteado de 20 anos.
A motivação em enfrentar uma sala de aula, destaca Simonídio, vem da vontade em “adquirir sabedoria, conhecimento e ser pastor”. Há 50 anos ele é evangélico e não perde também nenhuma aula da escola bíblica que ocorre na igreja aos domingos pela manhã.
A independência também integra sua vontade em enfrentar os desafios que a idade lhe impõe. “O importante é não depender de ninguém. Vou ao banco, supermercado, pego ônibus e pago as minhas continhas. Faço tudo sozinho”.
Simonídio pega dois ônibus para chegar à escola
em Cuiabá (Foto: Kelly Martins/G1)
Por outro lado, o aposentado confirma que não são todos que apóiam a
sua jornada de estudante e alguns até o criticam. Ele diz que familiares
afirmam que está “andando à toa por aí. Já outros são por medo de
acontecer algo”. Isso porque, há alguns anos, o aposentado foi
atropelado em Cuiabá e passou por cirurgias que culminaram em problemas de saúde que ele sofre até hoje.em Cuiabá (Foto: Kelly Martins/G1)
Mas, com 101 anos muito bem vividos, alguns sonhos ainda não se perderam no caminho. Simonídio Rosa ainda tem vontade de ter um filho e se reencontrar com a família que deixou no Rio de Janeiro, com a qual diz ter tido o último contato em 1991. Questionado sobre o que ainda falta em sua vida ou a principal meta antes de morrer, o aposentado não tem dúvida: “Um bom estudo, casa, e dinheiro na conta”.
A professora Bertulina Miranda observa que o histórico do centenário tem servido de referência para muitos alunos que pensam em abandonar a sala de aula e até mesmo como desafio no ensino. Ela ressalta que o trabalho é feito conforme a realidade de cada aluno e isso trazido bons resultados.
fonte: G1
Plano de aula: Ler e contar
Objetivo geral
-Ter acesso a textos de boa qualidade literária e compartilhar do prazer de lê-los.
- Participar de situações de intercâmbio de ideias, preferências e opiniões acerca da leitura.
-Reconhecer a utilização de números no seu cotidiano.
- Analisar as relações entre a série numérica oral e escrita.
-Fazer contagens orais em escala ascendente e descendente contando um a um.
Público alvo: 1° ano
Conteúdo
- Leitura.
-Roda de conversa.
-Regularidades do sistema de numeração decimal.
- Numeração escrita e falada.
- Série numérica.
Metodologia:
-Apresentar aos alunos o livro “ Chá das dez” de Celso Sisto , comentando sobre o tema e o autor .
-Ler em voz alta o livro. Se for possível utilizar um episcópio – projetor imagens - ou em vídeo para que a leitura se torne mais prazerosa.
-Roda de conversa: questionar com os alunos o que acontece com as velhinhas durante a leitura? Quantas velhinhas havia no inicio e quantas ao final? Quais as desculpas que as velhinhas deram para não tomarem chá? As rimas que aparecem no texto? E outros levantamentos pertinentes que surgirem durante a atividade.
-Apresentar aos alunos os números naturais em ordem decrescente, a mesma apresentada no livro, através de cartões colando-os na lousa ou em uma parede. Se for necessário, releia o trecho do texto em que aparece a quantidade das velhinhas. Explore todas as possibilidades e principalmente ouça seus alunos para intervir quando necessário, caso não haja compreensão de alguma relação entre o numeral e o símbolo.
-Solicitar que dez alunos representem as velhinhas e releia o livro pedindo que em cada estrofe um aluno se retire para que percebam a ordem decrescente.
-Entregar aos alunos uma folha com 11 quadradinhos e pedir que ilustrem a quantidade de velhinhas e seu numeral.
-Expor as atividades dos alunos no mural, mas antes peça para alguns alunos mostrarem suas ilustrações aos colegas comentando a relação numeral e símbolo.
-Reler o livro e solicitar a alguns alunos que tenham em mãos os cartões com os números naturais, e durante a leitura levante o cartão representando a quantidade de velhinhas da estrofe.
Recursos Materiais:
Livro “ Chá das dez” de Celso Sisto- editora Aletria.
Cartão com os números naturais de 0 a 10.
Folhas com onze quadrados para ilustração.
Epíscopio ou data show.
Avaliação
- Avalie, ao longo das etapas da sequência, se seus alunos estão sendo envolvidos pela leitura, se compartilham suas impressões nas rodadas de intercâmbio de ideias após a leitura em voz alta. E através da observação sistemática acompanhando os alunos durante a atividade para avaliar atitudes e os procedimentos utilizados.
Neste momento é
importante realizar as intervenções necessárias para que os alunos
compreendam os conteúdos propostos. Registrar os conhecimentos e as
dificuldades que apresentaram na sequência didática para retomada dos
conteúdos.
Plano elaborado por Daniela Tenorio
Plano elaborado por Daniela Tenorio
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Tenho que dizer: assim não dá!!!
Atualmente, discutir temas étnico-racial nas escolas é muito frequente, até porque a mídia e outros meios de comunicação enfatizam tal assunto. Também, sem sombra de dúvidas ensinar aos alunos o que é racismo, escravidão, preconceito e outros tópicos deste tema tão amplo é garantir não só a nós, mas aos que virão que isso não se pode mais acontecer.
Agora, querer vetar uma obra de um renomado escritor brasileiro que utiliza a linguagem de sua época porque não se pode mais dizer, em sala de aula, ou onde quer que seja, expressões racistas é uma atrocidade a literatura brasileira.
Existem tantas questões que devem ser discutidas e executadas ao invés de discutir a expressão que Lobato utilizou em seus livros. Devemos nos ater na denúncia que provavelmente, Lobato tenha nós mostrado: do uso de expressões desumanas e insensatas para com os outros de nossa espécie- a humana.
Me pergunto quais serão os próximos livros e autores que serão censurados, quais terão seus livros retirados do catálogo do MEC e não poderão ser lidos por nossas crianças. Também me pergunto se esses autores que estam discriminando a obra de Lobato não as leram quando crianças e, só agora a luz do século XXI que tiveram a imensa capacidade de questioná-la?
Vamos lutar e vetar, sim, o descasso dos governantes, a falta de moradia, a falta de saneamento básico em determinadas regiões brasileiras, o descaso com a escola pública, a falta de humanidade, o trabalho infantil, o trabalho escravo que ainda persiste de um modo mascarado e outros assuntos de interesse sócio-cultural e histórico que tem sido deixado de lado pela sociedade.
Os autores que estam condenado Lobato deveriam trabalhar em uma sequência didática que explorasse essas expressões racistas com o tempo histórico em que foram escritas fazendo um paralelo com a nossa realidade atual para compor, de forma obrigatória, o livro.
Devemos pensar em questões raciais mais profundas e necessárias. Assim, realmente, não dá!
escrito por Daniela Tenorio.
Agora, querer vetar uma obra de um renomado escritor brasileiro que utiliza a linguagem de sua época porque não se pode mais dizer, em sala de aula, ou onde quer que seja, expressões racistas é uma atrocidade a literatura brasileira.
Existem tantas questões que devem ser discutidas e executadas ao invés de discutir a expressão que Lobato utilizou em seus livros. Devemos nos ater na denúncia que provavelmente, Lobato tenha nós mostrado: do uso de expressões desumanas e insensatas para com os outros de nossa espécie- a humana.
Me pergunto quais serão os próximos livros e autores que serão censurados, quais terão seus livros retirados do catálogo do MEC e não poderão ser lidos por nossas crianças. Também me pergunto se esses autores que estam discriminando a obra de Lobato não as leram quando crianças e, só agora a luz do século XXI que tiveram a imensa capacidade de questioná-la?
Vamos lutar e vetar, sim, o descasso dos governantes, a falta de moradia, a falta de saneamento básico em determinadas regiões brasileiras, o descaso com a escola pública, a falta de humanidade, o trabalho infantil, o trabalho escravo que ainda persiste de um modo mascarado e outros assuntos de interesse sócio-cultural e histórico que tem sido deixado de lado pela sociedade.
Os autores que estam condenado Lobato deveriam trabalhar em uma sequência didática que explorasse essas expressões racistas com o tempo histórico em que foram escritas fazendo um paralelo com a nossa realidade atual para compor, de forma obrigatória, o livro.
Devemos pensar em questões raciais mais profundas e necessárias. Assim, realmente, não dá!
escrito por Daniela Tenorio.
Supremo vai julgar uso de obra de Monteiro Lobato nas escolas
Encontro de conciliação entre governo e autores contrários ao livro Caçadas de Pedrinho não chegam a acordo
Priscilla Borges
- iG Brasília
|
O uso das obras de Monteiro Lobato nas escolas
brasileiras vai mesmo ser definido pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Nesta terça-feira, um encontro foi realizado no Ministério da Educação com autores da ação contra o livro Caçadas de Pedrinho
, mas não houve acordo entre as partes. Os críticos ao livro consideram o
texto racista e chegaram a pedir a proibição do uso nas escolas. Embora
tenham desistido da medida radical, fazem exigências que não são
atendidas pelo governo.
Outra polêmica: Depois de Caçadas de Pedrinho, livro Negrinha é questionado
No encontro desta terça, eles reiteraram que não abrem mão que Caçadas de Pedrinho – e todas as obras que tenham algum conteúdo racista – ganhem uma nota explicativa, elaborada por especialistas do MEC , que possam dar suporte aos educadores em sala de aula. Mas só essa medida, até já admitida pelo governo como uma possibilidade razoável, é insuficiente na avaliação dos críticos. Eles querem também garantias de que a educação sobre relações étnico-raciais sejam incluídas; como disciplinas que correspondam a, pelo menos, 15% dos currículos; na formação inicial dos profissionais de educação (seja em cursos técnicos, de graduação, pós, especialização ou de extensão).
O MEC defende que a divulgação do parecer elaborado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) sobre a obra e a formação já realizada com os professores nas escolas contemplam esses pedidos. Na tentativa de conciliação, representantes do ministério apresentaram todas as medidas já adotadas para promover a educação étnico-racial nas escolas. Mas não foi suficiente.
Agora, a questão terá que ser julgada pelo Supremo. O advogado Humberto Adami, do Instituto de Advocacial Racial e Ambiental (Iara), um dos representantes da ação contrária ao livro, afirmou que o grupo não concorda com o posicionamento do MEC e não vai recuar de suas exigências. “Se não conseguirmos um resultado satisfatório no STF, vamos a cortes internacionais”, afirmou.
Negrinha
Nesta terça-feira, o mesmo grupo apresentou mais um questionamento referente a outra obra de Monteiro Lobato. Antonio Gomes da Costa Neto pediu à Controladoria Geral da União (CGU) que investigue a aquisição de do livro Negrinha pelo Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE), do Ministério da Educação, em 2009. O programa distribui livros para bibliotecas escolares de todo o País. De acordo com levantamento feito pelo próprio Neto, 11.093 exemplares de Negrinha foram destinados a colégios de ensino médio. Na opinião de Costa Neto, mais uma vez, a legislação antirracista não foi respeitada quando as obras foram compradas e a suspensão da distribuição dos livros "até que se promova a devida formação inicial e continuada dos profissionais de educação".
Início da polêmica
Em outubro de 2010, o uso do livro de Monteiro Lobato se tornou o centro de uma polêmica sobre as obras literárias que poderiam fazer parte do cotidiano das crianças brasileiras. O Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou um parecer recomendando que os professores tivessem preparo para explicar aos alunos o contexto histórico em que foi produzido, por considerarem que há trechos racistas na história.
Livro: Após veto, obra do MEC ensina como lidar com obra de Lobato
Opinião: Artigo: Quem paga a música escolhe a dança?
A primeira recomendação dos conselheiros (parecer nº 15/2010) era para não distribuir o livro nas escolas. Escritores, professores e fãs saíram em defesa de Monteiro Lobato . Com a polêmica acirrada em torno do tema, o ministro da Educação à época, Fernando Haddad, não aprovou o parecer e o devolveu ao CNE , que então mudou o documento, recomendando que uma nota explicativa – sobre o conteúdo racista de trechos da obra – fizesse parte dos livros.
fonte: IG
Outra polêmica: Depois de Caçadas de Pedrinho, livro Negrinha é questionado
No encontro desta terça, eles reiteraram que não abrem mão que Caçadas de Pedrinho – e todas as obras que tenham algum conteúdo racista – ganhem uma nota explicativa, elaborada por especialistas do MEC , que possam dar suporte aos educadores em sala de aula. Mas só essa medida, até já admitida pelo governo como uma possibilidade razoável, é insuficiente na avaliação dos críticos. Eles querem também garantias de que a educação sobre relações étnico-raciais sejam incluídas; como disciplinas que correspondam a, pelo menos, 15% dos currículos; na formação inicial dos profissionais de educação (seja em cursos técnicos, de graduação, pós, especialização ou de extensão).
O MEC defende que a divulgação do parecer elaborado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) sobre a obra e a formação já realizada com os professores nas escolas contemplam esses pedidos. Na tentativa de conciliação, representantes do ministério apresentaram todas as medidas já adotadas para promover a educação étnico-racial nas escolas. Mas não foi suficiente.
Agora, a questão terá que ser julgada pelo Supremo. O advogado Humberto Adami, do Instituto de Advocacial Racial e Ambiental (Iara), um dos representantes da ação contrária ao livro, afirmou que o grupo não concorda com o posicionamento do MEC e não vai recuar de suas exigências. “Se não conseguirmos um resultado satisfatório no STF, vamos a cortes internacionais”, afirmou.
Negrinha
Nesta terça-feira, o mesmo grupo apresentou mais um questionamento referente a outra obra de Monteiro Lobato. Antonio Gomes da Costa Neto pediu à Controladoria Geral da União (CGU) que investigue a aquisição de do livro Negrinha pelo Programa Nacional Biblioteca na Escola (PNBE), do Ministério da Educação, em 2009. O programa distribui livros para bibliotecas escolares de todo o País. De acordo com levantamento feito pelo próprio Neto, 11.093 exemplares de Negrinha foram destinados a colégios de ensino médio. Na opinião de Costa Neto, mais uma vez, a legislação antirracista não foi respeitada quando as obras foram compradas e a suspensão da distribuição dos livros "até que se promova a devida formação inicial e continuada dos profissionais de educação".
Início da polêmica
Em outubro de 2010, o uso do livro de Monteiro Lobato se tornou o centro de uma polêmica sobre as obras literárias que poderiam fazer parte do cotidiano das crianças brasileiras. O Conselho Nacional de Educação (CNE) publicou um parecer recomendando que os professores tivessem preparo para explicar aos alunos o contexto histórico em que foi produzido, por considerarem que há trechos racistas na história.
Livro: Após veto, obra do MEC ensina como lidar com obra de Lobato
Opinião: Artigo: Quem paga a música escolhe a dança?
A primeira recomendação dos conselheiros (parecer nº 15/2010) era para não distribuir o livro nas escolas. Escritores, professores e fãs saíram em defesa de Monteiro Lobato . Com a polêmica acirrada em torno do tema, o ministro da Educação à época, Fernando Haddad, não aprovou o parecer e o devolveu ao CNE , que então mudou o documento, recomendando que uma nota explicativa – sobre o conteúdo racista de trechos da obra – fizesse parte dos livros.
fonte: IG
terça-feira, 14 de agosto de 2012
Colégio em favela com tráfico no Rio é o terceiro melhor do Brasil no Ideb
Com aulas em período integral, reforço escolar e participação dos pais, diretora nascida na comunidade eleva desempenho de escola no violento Morro da Pedreira
Raphael Gomide
iG Rio de Janeiro
|
- Atualizada às
Ioliris Paes nasceu há 47 anos na Pavuna, bairro do
subúrbio do Rio com um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano
(IDH) da cidade, próximo à divisa com a Baixada Fluminense. Desde 1996,
ela dirige o CIEP Glauber Rocha, no violento complexo de favelas na
região, que inclui o Morro da Pedreira
e as favelas da Lagartixa e Quitanda.
Contra todos os prognósticos, a escola teve o terceiro melhor desempenho do Brasil nos anos iniciais do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), com a média 8,5. “Nós temos nos superado. No último Ideb, em 2009, tivemos 6,7 de média, e agora conseguimos superar a nossa meta, que era evoluir 12,5% em relação ao último”, vibra Ioliris.
Antes desacreditada pela população, a escola hoje conta com a intensa participação das famílias e é o orgulho da comunidade. Em 1996, quando Ioliris assumiu a direção, eram apenas 89 alunos. Hoje são 512, da creche até o 5º ano, e sobram candidatos para as vagas.
“Nasci nesta comunidade e morei aqui até oito anos atrás. Vi esta escola ser construída. Era muito desacreditada pela população, não tinha alunos, não tinha projeto político-pedagógico. É uma área altamente desafiadora, dentro da comunidade da Pedreira, Lagartixa, Quitanda. Mas acreditamos no desenvolvimento da autoconfiança de cada criança, valorizamos a ética do esforço”, afirmou ela, reeleita com 98% dos votos de professores, alunos e pais.
A proposta de trabalho da Glauber Rocha tem alguns pilares: educação em período integral, participação dos pais, projeto de formação de leitores, com eventos mensais e reforço escolar, com apoio dos professores, voluntários e estagiários.
“A criança é atendida conforme a necessidade, e o reforço é permanentemente disponível. Temos aula em tempo integral, de 7h30 às 16h30, o que significa mais tempo para enriquecer o processo”, disse a professora.
Esperança de UPP
Ioliris diz ter esperança da chegada de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na região para reduzir a violência e as constantes trocas de tiros entre criminosos ou entre traficantes e policiais.
“Não estamos em uma área pacificada, há violência e vulnerabilidades familiares. Depois que chega UPP, a paz se instaura. Mas isso não impede nosso trabalho, Não trabalhamos em cima dos problemas, mas das soluções. Há respeito. Aqui não tem pichação. Eu fecho a escola na sexta-feira e na segunda, está tudo igual”, afirmou.
Nem tudo são flores. Apesar do extraordinário desempenho, a Glauber Rocha não foi incluída entre as “Escolas do Amanhã”, programa da prefeitura do Rio para colégios em locais de risco. “Eu tenho vivência em sala de aula e sabia que era possível esse resgate. Trabalhamos em cima da possibilidade de sucesso da criança, nosso cliente. Quando não tinha professora, eu dava aula, ou minha adjunta”, contou.
Apesar do resultado positivo no Ideb, a escola ainda tem carências básicas, como por exemplo, a falta de secretários escolares para cuidar das questões administrativas. A diretora e seus assistentes e professores muitas vezes se ocupam desse tipo de tarefa.
Fonte: IG
Contra todos os prognósticos, a escola teve o terceiro melhor desempenho do Brasil nos anos iniciais do Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), com a média 8,5. “Nós temos nos superado. No último Ideb, em 2009, tivemos 6,7 de média, e agora conseguimos superar a nossa meta, que era evoluir 12,5% em relação ao último”, vibra Ioliris.
Antes desacreditada pela população, a escola hoje conta com a intensa participação das famílias e é o orgulho da comunidade. Em 1996, quando Ioliris assumiu a direção, eram apenas 89 alunos. Hoje são 512, da creche até o 5º ano, e sobram candidatos para as vagas.
“Nasci nesta comunidade e morei aqui até oito anos atrás. Vi esta escola ser construída. Era muito desacreditada pela população, não tinha alunos, não tinha projeto político-pedagógico. É uma área altamente desafiadora, dentro da comunidade da Pedreira, Lagartixa, Quitanda. Mas acreditamos no desenvolvimento da autoconfiança de cada criança, valorizamos a ética do esforço”, afirmou ela, reeleita com 98% dos votos de professores, alunos e pais.
A proposta de trabalho da Glauber Rocha tem alguns pilares: educação em período integral, participação dos pais, projeto de formação de leitores, com eventos mensais e reforço escolar, com apoio dos professores, voluntários e estagiários.
“A criança é atendida conforme a necessidade, e o reforço é permanentemente disponível. Temos aula em tempo integral, de 7h30 às 16h30, o que significa mais tempo para enriquecer o processo”, disse a professora.
Esperança de UPP
Ioliris diz ter esperança da chegada de uma UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) na região para reduzir a violência e as constantes trocas de tiros entre criminosos ou entre traficantes e policiais.
“Não estamos em uma área pacificada, há violência e vulnerabilidades familiares. Depois que chega UPP, a paz se instaura. Mas isso não impede nosso trabalho, Não trabalhamos em cima dos problemas, mas das soluções. Há respeito. Aqui não tem pichação. Eu fecho a escola na sexta-feira e na segunda, está tudo igual”, afirmou.
Nem tudo são flores. Apesar do extraordinário desempenho, a Glauber Rocha não foi incluída entre as “Escolas do Amanhã”, programa da prefeitura do Rio para colégios em locais de risco. “Eu tenho vivência em sala de aula e sabia que era possível esse resgate. Trabalhamos em cima da possibilidade de sucesso da criança, nosso cliente. Quando não tinha professora, eu dava aula, ou minha adjunta”, contou.
Apesar do resultado positivo no Ideb, a escola ainda tem carências básicas, como por exemplo, a falta de secretários escolares para cuidar das questões administrativas. A diretora e seus assistentes e professores muitas vezes se ocupam desse tipo de tarefa.
Fonte: IG
Desempenho melhora na educação básica, mas ensino médio ainda patina
Desempenho melhora na educação básica, mas ensino médio ainda patina
Resultados do Ideb 2011, divulgados nesta terça-feira pelo Ministério da Educação, mostram que escolas das etapas finais têm mais dificuldades em atingir meta de qualidade
Priscilla Borges
- iG Brasília
|
- Atualizada às
A educação melhorou no Brasil entre 2009 e 2011, segundo o
desempenho das redes de ensino no Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica (Ideb). As médias divulgadas nesta terça-feira pelo Ministério
da Educação mostram que o País conseguiu atingir as metas de qualidade
definidas para o ano passado pelo próprio governo e, pelo menos no
aspecto global, tem razões para comemorar.
"Esses resultados são motivo de comemoração. Eu gostaria de parabenizar os professores que permitiram, com seu trabalho cotidiano, que alcançássemos esse resultado", afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Além dos números nacionais, a maioria dos Estados e municípios conseguiu atingir os objetivos propostos. Os números, no entanto, revelam que o crescimento do índice é mais lento mas etapas mais avançadas e há pontos frágeis que merecem atenção dos gestores educacionais.
Criado em 2005 para mensurar o desempenho do sistema educacional do País, o Ideb varia de 1 a 10. Cada escola, município, Estado e o Brasil tem metas próprias para serem atingidas de dois em dois anos. A expectativa é de que, em 2021, as escolas das séries iniciais (até a 4ª série) alcancem nota 6, desempenho considerado semelhante ao de sistemas educacionais de países desenvolvidos.
Nos anos iniciais do ensino fundamental, a média nacional ficou em 5. A nota é 0,4 ponto maior do que a atingida pelo Brasil em 2009. Naquele ano, o País já havia garantido o cumprimento da meta prevista para 2011, nota 4,6. Também nesta etapa, todos os Estados chegaram às suas próprias metas. E, embora o Norte e Nordeste ainda não estejam dentro da média nacional, conseguiram evoluir. Piauí e Ceará se destacaram, superando as próprias metas em 0,8 e 0,9 ponto, respectivamente.
A façanha, no entanto, não se repete nas séries seguintes avaliadas pelo Ideb. Nas séries finais do ensino fundamental (de 5ª a 8ª série), cujas metas já são menores, nem todos os Estados brasileiros conseguiram alcançar seus objetivos. Sete ficaram com notas inferiores às previstas: Rondônia, Roraima, Amapá, Pará, Sergipe, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.
A média superou em 0,1 ponto a última nota (de 2009) e em 0,2 ponto a meta prevista pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A previsão era chegar a 3,9 e a média nacional ficou em 4,1. O Estado que mais se destacou positivamente nesse quesito foi o Mato Grosso, que superou a meta em 1 ponto e ficou com 4,5.
De acordo com relatório do Inep, a maioria dos municípios (77,7%) obteve o desempenho esperado para 2011 nos anos iniciais do ensino fundamental. Número que cai para 62,5% nas redes que atendem os finais dessa etapa. Em Roraima, nenhum dos 14 municípios que tiveram nota calculada nesta edição do Ideb tiveram a nota esperada.
O nó
A etapa em que as médias das redes ficaram mais baixas e alcançaram o menor crescimento é o ensino médio. Com metas mais modestas – sair de 3,4 em 2005 para 3,7 em 2011 –, o Brasil conseguiu cumprir exatamente o combinado na época da criação do Ideb, que faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), para o ano passado.
As desigualdades entre os Estados, no entanto, são mais evidentes nessa fase. Dos 27 Estados, 11 não alcançaram as notas propostas para o ano passado. São eles: Acre, Roraima, Pará, Amapá, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Alguns, ainda perderam notas em relação à última avaliação, como Alagoas (que caiu de 3,1 para 2,9), o Espírito Santo (caiu de 3,8 para 3,6) e o Rio Grande do Sul, que caiu de 3,9 para 3,7.
Somente três Estados têm médias superiores a 4: São Paulo, Santa Catarina e Paraná. A rede privada, responsável por 12% das matrículas dessa fase, chegou ao Ideb 5,7. A nota é inferior à meta – 5,8 –, mas esse foi o primeiro aumento da rede privada desde a criação do índice.
Na opinião de Reynaldo Fernandes, ex-presidente do Inep e conselheiro nacional de Educação, um dos criadores do indicador, os números revelam um fenômeno percebido já em outras edições: é mais fácil crescer quando se tem uma nota muito baixa. “O crescimento das cidades que estavam piores mostra que é mais difícil melhorar quando já se tem boa qualidade”, diz.
Fernandes acredita que os dados do ensino médio precisam ser melhor avaliados para compreender o que acontece com essa etapa do ensino. “Talvez, quando as crianças que estão melhores nas séries iniciais chegarem lá no ensino médio, a melhora será mais rápida”, diz.
O ex-ministro da Educação Fernando Haddad, responsável pela criação do indicador, acredita que é “importante valorizar o trabalho das redes de ensino que geraram esse resultado acima do previsto para o Brasil”. Ele ressalta o cumprimento das metas nacionais para explicar que o lento crescimento do ensino médio já era esperado. “A metade do caminho foi cumprida”, diz.
Os dados divulgados pelo Inep também revelam que a quantidade de estudantes brasileiros matriculada nas escolas municipais com notas mais baixas diminuiu. Em 2005, 7,1 milhões de alunos estudavam em colégios da 4ª série com notas até 3,7 no Ideb. Agora, são 1,9 milhão nessa faixa. A maioria está nas escolas com Idebs que variam de 3,8 a 4,9 (4,8 milhões de estudantes). Nas melhores (com média 6 ou mais), há 847,4 mil alunos.
Nos anos finais, a queda de matrículas nas redes com pior desempenho também caiu. Em 2005, 7,6 milhões de estudantes estavam em sistemas educacionais com índice de até 3,4. A maior parte está concentrada na faixa de desempenho que varia de 3,4 a 4,4 (6,6 milhões). Nas melhores (com Ideb superior a 5,5), o número é mínimo, 33,6 mil estudantes.
Redes estaduais
Para os especialistas, as greves nas redes estaduais podem explicar grande parte das quedas nos desempenhos dos Estados no ensino médio. Em Minas Gerais, que enfrentou uma greve de professores com mais de 100 dias de duração em 2011, a nota baixou. Nos anos iniciais, porém, a rede estadual alcançou o Ideb mais alto entre as escolas estaduais. A rede mineira ficou com 6,0, índice que o Brasil tem como meta para 2021, seguida de Santa Catarina, com 5,7, e Distrito Federal e São Paulo empatados em terceiro com índice 5,4.
Nos anos finais, a rede de Santa Catarina figura com o Ideb mais alto entre as estaduais, 4,7, seguida por Minas Gerais, 4,4, e São Paulo e Mato Grosso empatados em terceiro, com 4,3. Em 2009, as mesmas redes haviam alcançado os maiores Idebs. O maior crescimento foi registrado por Santa Catarina, nos anos iniciais, de 5,0 para 5,7.
Na outra ponta da tabela, com Idebs 40% menores, estão redes estaduais do Nordeste e Norte. Alagoas teve o menor desempenho entre os Estados nos anos iniciais (3,4) e finais (2,5) e foi a única rede a cair 0,2 pontos nos anos finais, pois teve Ideb 2,7 em 2009 – o Paraná foi o outro Estado a regredir nesta etapa, de 4,1 para 4,0.
Nos anos iniciais, Rio Grande do Norte (3,7), Bahia (3,8) e Amapá (3,9) também tiveram resultados baixos. Nos anos finais, os Estados de Bahia, Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte estão empatados em penúltimo lugar, com índice 2,9. Em 2009, estes mesmos Estados ocupavam as últimas posições, no entanto, todos registraram crescimento em 2011. O maior crescimento foi o da Bahia, nos anos iniciais, que deixou a última posição em 2009 (3,2) e atingiu 3,8, o terceiro menor resultado.
Fonte: IG
"Esses resultados são motivo de comemoração. Eu gostaria de parabenizar os professores que permitiram, com seu trabalho cotidiano, que alcançássemos esse resultado", afirmou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.
Além dos números nacionais, a maioria dos Estados e municípios conseguiu atingir os objetivos propostos. Os números, no entanto, revelam que o crescimento do índice é mais lento mas etapas mais avançadas e há pontos frágeis que merecem atenção dos gestores educacionais.
Criado em 2005 para mensurar o desempenho do sistema educacional do País, o Ideb varia de 1 a 10. Cada escola, município, Estado e o Brasil tem metas próprias para serem atingidas de dois em dois anos. A expectativa é de que, em 2021, as escolas das séries iniciais (até a 4ª série) alcancem nota 6, desempenho considerado semelhante ao de sistemas educacionais de países desenvolvidos.
Nos anos iniciais do ensino fundamental, a média nacional ficou em 5. A nota é 0,4 ponto maior do que a atingida pelo Brasil em 2009. Naquele ano, o País já havia garantido o cumprimento da meta prevista para 2011, nota 4,6. Também nesta etapa, todos os Estados chegaram às suas próprias metas. E, embora o Norte e Nordeste ainda não estejam dentro da média nacional, conseguiram evoluir. Piauí e Ceará se destacaram, superando as próprias metas em 0,8 e 0,9 ponto, respectivamente.
A façanha, no entanto, não se repete nas séries seguintes avaliadas pelo Ideb. Nas séries finais do ensino fundamental (de 5ª a 8ª série), cujas metas já são menores, nem todos os Estados brasileiros conseguiram alcançar seus objetivos. Sete ficaram com notas inferiores às previstas: Rondônia, Roraima, Amapá, Pará, Sergipe, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.
A média superou em 0,1 ponto a última nota (de 2009) e em 0,2 ponto a meta prevista pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). A previsão era chegar a 3,9 e a média nacional ficou em 4,1. O Estado que mais se destacou positivamente nesse quesito foi o Mato Grosso, que superou a meta em 1 ponto e ficou com 4,5.
De acordo com relatório do Inep, a maioria dos municípios (77,7%) obteve o desempenho esperado para 2011 nos anos iniciais do ensino fundamental. Número que cai para 62,5% nas redes que atendem os finais dessa etapa. Em Roraima, nenhum dos 14 municípios que tiveram nota calculada nesta edição do Ideb tiveram a nota esperada.
O nó
A etapa em que as médias das redes ficaram mais baixas e alcançaram o menor crescimento é o ensino médio. Com metas mais modestas – sair de 3,4 em 2005 para 3,7 em 2011 –, o Brasil conseguiu cumprir exatamente o combinado na época da criação do Ideb, que faz parte do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), para o ano passado.
As desigualdades entre os Estados, no entanto, são mais evidentes nessa fase. Dos 27 Estados, 11 não alcançaram as notas propostas para o ano passado. São eles: Acre, Roraima, Pará, Amapá, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Alguns, ainda perderam notas em relação à última avaliação, como Alagoas (que caiu de 3,1 para 2,9), o Espírito Santo (caiu de 3,8 para 3,6) e o Rio Grande do Sul, que caiu de 3,9 para 3,7.
Somente três Estados têm médias superiores a 4: São Paulo, Santa Catarina e Paraná. A rede privada, responsável por 12% das matrículas dessa fase, chegou ao Ideb 5,7. A nota é inferior à meta – 5,8 –, mas esse foi o primeiro aumento da rede privada desde a criação do índice.
Na opinião de Reynaldo Fernandes, ex-presidente do Inep e conselheiro nacional de Educação, um dos criadores do indicador, os números revelam um fenômeno percebido já em outras edições: é mais fácil crescer quando se tem uma nota muito baixa. “O crescimento das cidades que estavam piores mostra que é mais difícil melhorar quando já se tem boa qualidade”, diz.
Fernandes acredita que os dados do ensino médio precisam ser melhor avaliados para compreender o que acontece com essa etapa do ensino. “Talvez, quando as crianças que estão melhores nas séries iniciais chegarem lá no ensino médio, a melhora será mais rápida”, diz.
O ex-ministro da Educação Fernando Haddad, responsável pela criação do indicador, acredita que é “importante valorizar o trabalho das redes de ensino que geraram esse resultado acima do previsto para o Brasil”. Ele ressalta o cumprimento das metas nacionais para explicar que o lento crescimento do ensino médio já era esperado. “A metade do caminho foi cumprida”, diz.
Os dados divulgados pelo Inep também revelam que a quantidade de estudantes brasileiros matriculada nas escolas municipais com notas mais baixas diminuiu. Em 2005, 7,1 milhões de alunos estudavam em colégios da 4ª série com notas até 3,7 no Ideb. Agora, são 1,9 milhão nessa faixa. A maioria está nas escolas com Idebs que variam de 3,8 a 4,9 (4,8 milhões de estudantes). Nas melhores (com média 6 ou mais), há 847,4 mil alunos.
Nos anos finais, a queda de matrículas nas redes com pior desempenho também caiu. Em 2005, 7,6 milhões de estudantes estavam em sistemas educacionais com índice de até 3,4. A maior parte está concentrada na faixa de desempenho que varia de 3,4 a 4,4 (6,6 milhões). Nas melhores (com Ideb superior a 5,5), o número é mínimo, 33,6 mil estudantes.
Redes estaduais
Para os especialistas, as greves nas redes estaduais podem explicar grande parte das quedas nos desempenhos dos Estados no ensino médio. Em Minas Gerais, que enfrentou uma greve de professores com mais de 100 dias de duração em 2011, a nota baixou. Nos anos iniciais, porém, a rede estadual alcançou o Ideb mais alto entre as escolas estaduais. A rede mineira ficou com 6,0, índice que o Brasil tem como meta para 2021, seguida de Santa Catarina, com 5,7, e Distrito Federal e São Paulo empatados em terceiro com índice 5,4.
Nos anos finais, a rede de Santa Catarina figura com o Ideb mais alto entre as estaduais, 4,7, seguida por Minas Gerais, 4,4, e São Paulo e Mato Grosso empatados em terceiro, com 4,3. Em 2009, as mesmas redes haviam alcançado os maiores Idebs. O maior crescimento foi registrado por Santa Catarina, nos anos iniciais, de 5,0 para 5,7.
Na outra ponta da tabela, com Idebs 40% menores, estão redes estaduais do Nordeste e Norte. Alagoas teve o menor desempenho entre os Estados nos anos iniciais (3,4) e finais (2,5) e foi a única rede a cair 0,2 pontos nos anos finais, pois teve Ideb 2,7 em 2009 – o Paraná foi o outro Estado a regredir nesta etapa, de 4,1 para 4,0.
Nos anos iniciais, Rio Grande do Norte (3,7), Bahia (3,8) e Amapá (3,9) também tiveram resultados baixos. Nos anos finais, os Estados de Bahia, Sergipe, Paraíba e Rio Grande do Norte estão empatados em penúltimo lugar, com índice 2,9. Em 2009, estes mesmos Estados ocupavam as últimas posições, no entanto, todos registraram crescimento em 2011. O maior crescimento foi o da Bahia, nos anos iniciais, que deixou a última posição em 2009 (3,2) e atingiu 3,8, o terceiro menor resultado.
Fonte: IG
quarta-feira, 1 de agosto de 2012
Brasil vence Olimpíada de Matemática dos países de língua portuguesa
Alunos brasileiros ganharam duas medalhas de ouro e duas de prata em evento em Salvador
Agência Brasil
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O concurso, que aconteceu entre os dias 18 a 28 de julho, em Salvador, estimula o estudo da matemática, identificando jovens talentos e incentivando a troca de experiências entre países lusófonos.
O carioca Daniel Santana Rocha, de 15 anos, vencedor de uma medalha de ouro, se preparou para a competição estudando pelas provas da edição anterior da competição. "Eu entrei na competição confiante. Eu sabia que tinha capacidade de ganhar. Fiquei um pouco nervoso, mas quando vi o resultado fiquei muito feliz". Daniel dividiu o primeiro lugar com Murilo Corato Zanarella, de Amparo (SP).
Em segundo lugar, o estudante Victor Reis, de 15 anos, nascido no Recife, disse à Agência Brasil que sua participação na Olimpíada foi bastante proveitosa também pelo intercâmbio de culturas. "Fiz minha primeira viagem sozinho, tive contato com pessoas de outros países, com culturas bem diferentes, além de conhecer Salvador, cidade muito importante para a história do Brasil", disse. Daniel Lima Braga, de Eusébio (CE), também conquistou medalha de prata.
Nessa edição, a Olimpíada contou com delegações de Angola, do Brasil, de Cabo Verde, de Moçambique, de São Tomé e Príncipe, de Portugal e do Timor Leste. Os 28 competidores com até 18 anos foram divididos em quatro grupos. Nos dias 24 e 25, os participantes tiveram que responder três problemas de matemática por dia, envolvendo álgebra, teoria dos números, geometria e análise combinatória.
As provas tiveram duração de quatro horas e meia, e ao final, eram somados os pontos de cada competidor. A próxima edição da competição está marcada para julho de 2013, na cidade africana de Maputo, capital de Moçambique.
Fonte: IG
sexta-feira, 27 de julho de 2012
Inscrições abertas Especialização USP Leste - IMPORTANTE!
Curso "Ética, Valores e Cidadania na Escola"
Início: Terça-feira, 10/07/2012
Término: Segunda-feira, 30/07/2012
Taxa: R$ 65.00
O Curso de Especialização em "Ética, Valores e Cidadania na Escola"
(EVC), está sendo oferecido na modalidade semi-presencial pelo Núcleo
de Apoio Social, Cultural e Educacional (NASCE) da Universidade de São
Paulo (USP), dentro do contexto do Programa UNIVESP
- Universidade Virtual do Estado de São Paulo, da Secretaria de
Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo.
Além de promover o acesso aos conhecimentos e
bens culturais exigidos pela sociedade contemporânea, a escola deve
buscar estratégias que promovam o desenvolvimento físico, cognitivo,
afetivo e social das crianças, visando a conquista
de uma vida digna e saudável para cada uma e todas as pessoas. Para
isso, entende-se que o processo educativo precisa estar pautado em
valores éticos, visando o desenvolvimento de competências que permitam
lidar com a diversidade humana e com os conflitos
de idéias presentes nas relações cotidianas, superando as exclusões, os
preconceitos e as discriminações. Formar profissionais da educação que
consigam trabalhar tais conteúdos e princípios no cotidiano escolar é
fundamental para construção de valores de ética
e de cidadania, e é o objetivo deste curso.
Poderá inscrever-se o candidato que preencha, cumulativamente, os seguintes requisitos:
I. ser portador de diploma de ensino superior;
II. ser professor,
coordenador pedagógico, vice-diretor ou diretor em instituição de
educação infantil, de ensino fundamental, médio ou profissional no
Estado de São Paulo, no exercício da profissão.
http://www.fuvest.br/outros/univesp2012c/ii012012.html
Concurso para Prefeitura de São Paulo
Foi publicado o Edital do concurso para professor da Prefeitura de SP.
. O edital foi publicado em:
38 – São Paulo, 57 (136) Diário Ofi cial da Cidade de São Paulo sábado, 21 de julho de 20122. O Concurso destina-se ao provimento de 3.185 cargos
vagos para Professor de Ensino Fundamental II e Médio e 4
cargos vagos para Especialista em Desenvolvimento Urbano
I – Disciplina: Engenharia Agronômica constantes do Capítulo
II e do Anexo I deste Edital, obedecida a ordem classificatória,
durante o prazo de validade previsto neste Edital.
3. Os ocupantes dos cargos de Professor de Ensino Fundamental
II e Médio ficarão sujeitos à prestação da Jornada
Básica do Docente – JBD correspondente a 30 (trinta) horas
aula de trabalho semanais.
4. Os ocupantes ao cargo de Especialista em Desenvolvimento
Urbano I – Engenharia Agronômica ficarão sujeitos à
prestação da jornada de 40 (quarenta) horas semanais.
5. Os códigos de opção, os cargos, a escolaridade/prérequisitos
e a remuneração inicial são os estabelecidos no
Capítulo II deste Edital.
6. A descrição das atribuições básicas dos cargos consta do
Anexo I deste Edital.
7. A bibliografia e o conteúdo programático constam do
Anexo II deste Edital.
II. DOS CARGOS
1. A remuneração inicial, o valor da inscrição, os códigos de
opção, os cargos, a escolaridade/pré-requisitos, a remuneração
inicial e o total de cargos vagos são os estabelecidos a seguir.
- Remuneração Inicial para Professor de Ensino Fundamental
II e Médio: R$ 1.560,43 (um mil, quinhentos e
sessenta reais e quarenta e três centavos), acrescida de
Abono Complementar no valor de R$ 389,57 (trezentos e
oitenta e nove reais e cinquenta e sete centavos), previsto
na Lei 15.490 de 29 de novembro de 2011.
Inscrições e edital completo em: www.concursosfcc.com.br
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