terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Estudantes do ensino médio da rede pública terão livro digital a partir de 2015

A partir desta segunda-feira, editoras podem inscrever obras em versão digital no Programa Nacional do Livro Didático

Agência Brasil |
Agência Brasil
O Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) abre nesta segunda-feira (21) o período para inscrições de obras destinadas a alunos e professores do ensino médio da rede pública para o ano letivo de 2015. A partir de agora, as editoras também poderão inscrever livros digitais – cujo acesso pode ser feito em computadores ou em tablets.
A versão digital deve vir acompanhada do livro impresso, ter o mesmo conteúdo e incluir conteúdos educacionais digitais como vídeos, animações, simuladores, imagens e jogos para auxiliar na aprendizagem. Continua permitida a apresentação de obras somente na versão impressa para viabilizar a participação das editoras que ainda não dominam as novas tecnologias.


A outra novidade é a aquisição de livros de arte para os alunos do ensino médio da rede pública. Os demais livros a serem comprados pelo governo são os de português, matemática, geografia, história, física, química, biologia, inglês, espanhol, filosofia e sociologia.
Os títulos inscritos pelas editoras são avaliados pelo Ministério da Educação que elabora o Guia do Livro Didático com resenhas de cada obra aprovada. Esse guia é disponibilizado às escolas que aderiram ao PNLD do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Cada escola escolhe, então, os livros que deseja utilizar.


De acordo com o Ministério da Educação, a previsão inicial de aquisição para 2015 é de aproximadamente 80 milhões de exemplares para atender mais de 7 milhões de alunos.
O período de inscrição de obras pelo Programa Nacional do Livro Didático vai até 21 de maio. De 3 a 7 de junho, estará aberto o período de entrega de livros impressos e da documentação. De 5 a 9 de agosto, o de entrega de obras digitais e respectivos documentos.

fonte: IG

Professores e gestores querem mudar índice que define piso nacional

Piso aumentou 22,2% entre 2010 e 2011 e só 7,97% entre 2011 e 2012.
Reajuste de 7,97% foi quase um terço do aumento obtido no ano passado.

Ana Carolina Moreno e Vanessa Fajardo Do G1, em São Paulo

O reajuste de 7,97% no piso salarial nacional dos professores da educação básica anunciado pelo Ministério da Educação nesta quinta-feira (10) já era esperado pelos especialistas e entidades, sindicatos e confederação de professores e gestores da educação no país. Segundo eles, a expectativa era a de que o governo seguiria ao pé da letra a lei que define o piso e, portanto, o reajuste seria bem menor do que o estimado no início do ano. Mesmo assim, muitos criticaram o indicador vinculado ao cálculo do reajuste anual, que atualmente leva em conta apenas a variação do valor anual por aluno do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).
Com o aumento, o piso salarial para os professores passa de R$ 1.451 para R$ 1.567 a partir de janeiro de 2013. No ano passado, o reajuste do piso salarial dos professores de educação básica e que cumprem 40 horas semanais foi de 22,22%. Portanto, o reajuste deste ano representa quase um terço do aumento ocorrido em 2012.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) divulgou nota em seu site oficial afirmando que, pelos cálculos da entidade, "o piso não deveria ficar abaixo de R$ 1.817,35, valor este que compreende a diferença efetiva entre o per capita do Fundeb de 2008 a 2013".
A confederação, defendeu, no comunicado, que a União cubra "eventuais rebaixamentos do valor mínimo do Fundeb ao longo dos anos – pois a educação não deve sofrer retração de investimentos e cabe aos órgãos públicos federais zelar pela estimativa do Fundeb e seu cumprimento integral".
Já Cleuza Rodrigues Repulho, presidente da União dos Dirigentes Municipais da Educação (Undime), classificou o aumento como "bom".
Ela afirmou ao G1 que "algumas pessoas estavam esperando um desastre maior", mas que, apesar de o ganho real do aumento ter ficado acima da inflação, o reajuste, "por outro lado, mostra que faltou recursos para a educação", disse ela.
Para Cleuza, que também ocupa o cargo de secretária municipal de Educação de São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, apesar de o piso ainda estar abaixo do desejado, muitas prefeituras terão dificuldades de cumpri-lo. "Em mais de 80% das prefeituras, a principal fonte de recursos da educação são os repasses do Fundeb."
Veja a evolução do piso salarial dos professores desde 2010
Ano Piso Variação
2010 R$ 1.024,67
2011 R$ 1.187,08 +15,8%
2012 R$ 1.451,00 +22,2%
2013 R$ 1.567,00 +7,97%
Política econômica e direitos sociais
Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, explica que o reajuste menor neste ano, em comparação com o ano anterior, se deve à queda na arrecadação de impostos pelo governo federal. Isso aconteceu, segundo ele, porque o governo, na tentativa de estimular o crescimento econômico, decidiu reduzir impostos como o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
"O governo tem feito a desoneração, mas ela não tem gerado crescimento econômico na medida do que é necessário, e ainda diminui o patamar de investimento em direitos sociais", disse Cara.
Segundo ele, "quem perde com a menor arrecadação de impostos é a população de baixa renda que precisa de serviços públicos como a educação e a saúde", já que o Tesouro não reduz a defasagem de recursos destinados às áreas sociais. "Está prejudicando quem é sempre prejudicado. Esse é o ponto que a gente tem que frisar e se preocupar."
Para a CNTE, o governo não está agindo "com prodência" ao prever que, no ano que vem, o reajuste será de 20,16%, segundo portaria divulgada no fim de dezembro. "Em 2012, mesmo ciente dos efeitos da crise mundial, a STN/Fazenda [Secretaria do Tesouro Nacional, do Ministério da Fazenda] estimou o crescimento do Fundeb em 21,24%, porém no dia 31 de dezembro, através de simples portaria, o órgão rebaixou a estimativa para 7,97%. E tudo indica que em 2013 o mesmo acontecerá", disse a entidade, em nota.
Valorização do professor
Cleuza, da Undime, afirma que, embora o reajuste tenha sido maior que a inflação, o salário-base do professor de educação do ensino básico com carga horária de 40 horas semanais ainda é muito baixo.
Quem perde com a menor arrecadação de impostos é a população de baixa renda que precisa de serviços públicos como a educação e a saúde"
Daniel Cara
coordenador geral da Campanha Nacional
pelo Direito à Educação
De acordo com ela, se o piso girasse em torno de R$ 2.500 mensais, não seria tão difícil contratar novos profissionais. Cleuza diz que o salário tem peso significativo para os jovens fugirem da carreira docente. "Mesmo nos grandes centros temos problema para conseguir professores, imagina em regiões mais afastadas como na região Norte do país. Temos de aliar o reajuste real, o ganho real ao plano de carreira para atrair os jovens. O professor tem de ganhar bem não só no fim da carreira, perto da aposentadoria, mas também no início. Temos melhorado, porém não avançamos como deveríamos."
Mudança do índice
A vinculação do reajuste automático anual do piso de professores à variação do valor por aluno do Fundeb sofre críticas de todas as entidades por sua instabilidade. De acordo com Eduardo Deschamps, secretário de Educação de Santa Catarina e um dos vice-presidentes do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), além de depender da arrecadação de impostos, que é variável, principalmente em tempos de crise, o reajuste é calculado com base nos resultados até dezembro do ano anterior, e o reajuste é aplicado a partir de 1º de janeiro. Porém, em abril, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) divulga o balanço consolidado do Fundeb do ano anterior.
Em 2011, o balanço final incluiu um ajuste de R$ 2,7 bilhões e elevou o valor por aluno de R$ 1.729,28 (valor usado no cálculo do piso) para R$ 1.846,56.
"Tem uma variação muito brusca de ano para ano, o reajuste foi de 22% no ano passado e quase 8% nesse ano. É um índice não muito estável, gera problemas na aplicação da lei", afirmou Deschamps.
O vice-presidente do Consed ainda criticou o fato de o índice usar duas variáveis do Fundeb: o valor da arrecadação e o valor anual por aluno. Como a cada ano o Censo Escolar se torna mais preciso e elimina matrículas duplicadas, o valor por aluno tende a aumentar também pela divisão do valor global pelo número de matrículas, que é cada ano menor. Pelos cálculos do Consed, o valor global do Fundeb cresceu menos de 7%, mas, com a divisão, o valor por aluno aumentou quase 8%, e foi essa a porcentagem considerada no reajuste de 2013.
Porém, as entidades ainda não entraram em consenso sobre uma alternativa ao regime atual de reajustes do piso. A proposta defendida pela CNTE calcularia a variação a partir de dois índices: o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) somado a 50% da variação global do Fundeb nos dois anos anteriores, considerando o valor consolidade de abril de cada ano vigente. Por esses cálculos, defendidos em um projeto de lei atualmente em tramitação no Congresso, o reajuste de 2013 seria de 9,05%.
Essa proposta, porém, não encontra respaldo no Consed --os secretários de Educação afirmam que esse indicador levaria em conta duas vezes a inflação (no INPC e na variação do Fundeb). Uma contraproposta descontando a inflação da variação do Fundeb também não tem unanimidade, pois alguns secretários dizem, segundo Deschamps, que "qualquer reajuste automático só poderia levar em consideração indicadores de inflação, não de ganho real".
O ministro Aloizio Mercadante afirmou, na quinta-feira, que o MEC pretende aproveitar o ano de 2013 para tentar chegar a um consenso entre todas as partes interessadas para que um novo índice seja definido e aplicado já em 2014.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Os educadores da internet

  • 18 de janeiro de 2013|
  • 19h57|
Por Redação Link
Eles não são profissionais, mas usam seu conhecimento para ajudar na educação de milhares de pessoas
Laís Cattassini
SÃO PAULO – O engenheiro César Medeiros, de 38 anos, até queria ter se tornado professor. “Mas professor sofre bullying na sala de aula”, diz. Conhecido pelo apelido Nerckie, César encontrou uma solução para realizar sua vontade de ensinar: passou a dar aulas pela internet, por meio de vídeos que ele faz em sua casa, na zona sul de São Paulo, em um estúdio montado no escritório.
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César Medeiros instalou um estúdio em sua casa para gravar vídeos do seu canal no YouTube, o Vestbulândia. FOTO: Clayton de Souza/Estadão
Os vídeos são publicados no canal Vestibulândia, no YouTube, com mais de 130 mil usuários inscritos, e César dá aulas de matemática com o conteúdo que costuma cair nos vestibulares.
As aulas têm entre 9 e 15 minutos e os vídeos são divididos em cursos e programas de estudo, preparados com a ajuda de livros e pesquisa. “Leio sobre o assunto que quero abordar, resumo, listo os pontos importantes e crio a aula, apresentando a teoria e exercícios”, diz.
Ele não é o único que usa seu conhecimento para educar, informalmente, milhares de pessoas por meio de vídeos. Canais norte-americanos como o CGP Grey e Khan Academy – cujo fundador Salman Khan esteve no Brasil esta semana – também se especializaram em criar conteúdo educativo para complementar as aulas nas escolas e até desafiar o ensino convencional.
Karl Wendt, um dos colaboradores da Khan Academy, diz que a internet tornou a educação mais acessível. “O acesso à informação é muito diferente hoje. Isso mudou a questão do porquê educamos”, diz Karl, que, em seus vídeos, ensina a construir eletrônicos. Além dele, há uma longa lista de colaboradores que dão aulas desde aritmética à computação gráfica.
Salman Khan, criador do canal no YouTube que virou um sistema de ensino, começou fazendo aulas em vídeo para uma sobrinha, mas percebeu o potencial de ampliar o alcance pela rede. “A internet pode tornar a educação muito mais acessível, de forma que o conhecimento e a oportunidade de aprender sejam compartilhados mais amplamente”, escreve Khan no livro Um Mundo, Uma Escola – A Educação Reinventada (Ed. Intrínseca).
A visão dele é compartilhada por C.G.P Grey, dono do canal CGPGrey. “É apenas uma questão de tempo até que a internet, ao lado de alguma outra tecnologia, se torne uma professora melhor do que qualquer humano.”
Mas a internet realmente pode substituir a escola formal? Para a professora de tecnologia na educação da PUC-SP Maria Elizabeth de Almeida, as video-aulas são um material de apoio interessante. “Uma aula em vídeo não é equivalente a uma comum, pois tem todo um processo interativo e comunicativo a que o aluno também está sujeito.”
A falta de interação é um problema relatado por César Medeiros. “Na sala, há a possibilidade de interagir, fazer correções, tirar dúvidas.” Mas mesmo isso está sendo solucionado. A ferramenta hangout do YouTube permite que professores façam transmissões ao vivo com a participação de espectadores. “Hoje é possível interagir e tirar dúvidas”, diz Bibiana Leite, gerente de parcerias do YouTube para a América Latina. Para garantir a qualidade, o YouTube tem buscado parcerias com os canais de educação, incentivando os criadores mais talentosos.
Porém, há coisas que a internet não faz pelo aluno. Segundo Maria Elizabeth Almeida, a figura de um tutor é essencial para o público mais jovem e ajuda a formalizar o que foi apresentado em vídeos e a garantir a interpretação correta das aulas. “Se o aluno for um adulto com autonomia, a autoaprendizagem dos vídeos pode ser suficiente. Já com crianças há mais o que fazer.”
De qualquer maneira, a tecnologia passou a moldar o futuro das escolas. “A tecnologia não deve ser temida, mas abraçada, permitindo que professores ensinem melhor e que a sala de aula se torne um espaço de colaboração e não de passividade”, escreve Salman Khan.

fonte: Estadão

Redação do Saresp é corrigida com uso de computador

O sistema acelerou e aperfeiçoou a correção; cerca de 183 mil textos foram analisados e lidos pelo menos duas vezes

21 de janeiro de 2013 | 2h 05

CARLOS LORDELO - O Estado de S.Paulo
Pela primeira vez, as provas de redação do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) foram corrigidas com uso de computadores. Os textos foram escaneados e distribuídos às bancas por um software. A correção levou cinco dias e terminou na última quinta-feira. Os resultados devem ser anunciados em março.
Na tela do computador apareciam a cópia digital da redação e os campos para as notas de cada critério. Os alunos do 5.º, 7.º e 9.º anos do ensino fundamental são avaliados quanto à obediência ao tema e ao gênero propostos, em relação a coesão e coerência textuais e ao domínio da norma culta. Já os do 3.º ano do ensino médio devem ainda elaborar proposta de intervenção para resolver o problema abordado.
Só 10% dos estudantes da rede estadual precisam fazer a redação. Com a amostra, a Secretaria de Educação traça um diagnóstico do sistema e classifica a proficiência dos alunos de acordo com os níveis: abaixo do básico, básico, adequado e avançado.
Cerca de 183 mil textos foram analisados. Cada um foi lido pelo menos duas vezes e, em caso de discrepância nas notas, seguiu para terceira e até quarta avaliação. Assim, chegou a 407 mil o número de correções.
Apesar do sistema online, todas as 555 pessoas envolvidas no processo examinaram os textos juntos, em um local não informado por questões de segurança.
"Como era a primeira vez, resolvemos corrigir presencialmente, até para garantir uma homogeneização das notas", afirma Marcela Fossey, técnica em avaliação educacional da Fundação Vunesp, responsável pela aplicação do Saresp e pelo desenvolvimento do software. Ele poderá ser utilizado no vestibular da Universidade Estadual Paulista (Unesp), também organizado pela fundação.
Além de reduzir a quantidade de papel, o sistema permitiu aperfeiçoar o controle da qualidade da correção, diz Marcela. "Os coordenadores recebiam relatórios em tempo real sobre o desempenho dos examinadores. Com isso, podiam orientar rapidamente o pessoal."
Segundo a técnica, o programa mostrava os corretores que atribuíam as notas mais discrepantes. Outra maneira de afinar o processo era entregar redações de referência, pré-corrigidas pela coordenação, para saber se a banca estava em sintonia com as exigências da prova.

2013!!!

Olá, Caros Leitores....
Mais um ano se inicia, novas expectativas, novos conhecimentos, reestabelecimento do antigo com atual... Enfim, um ano inteiro para discutirmos e nos antenarmos no que nós acreditamos: Educação!

Feliz 2013!!!
Rs, mesmo atrasada- é que estava viajando.
Até breve,
Daniela Tenorio