sexta-feira, 13 de maio de 2011

Você elogia seus alunos?!

Elogie do jeito certo
Recentemente, um grupo de crianças pequenas passou por um teste muito interessante. Psicólogos propuseram uma tarefa de média dificuldade, que elas executariam, contudo, sem grandes problemas. Todas conseguiram terminar a tarefa depois de certo tempo. Em seguida, foram divididas em dois grupos.
O grupo A foi elogiado quanto à inteligência. “Uau, como você é inteligente!”, “Que esperta você é!”, “Menino, que orgulho de ver o quanto você é genial!”… E outros elogios relacionados à capacidade de cada criança.
O grupo B foi elogiado quanto ao esforço. “Menina, gostei de ver o quanto você se dedicou nesta tarefa!”, “Menino, que legal ter visto seu esforço!”, “Uau, que persistência você mostrou. Tentou, tentou, até conseguir, muito bem!”… E outros elogios relacionados ao trabalho realizado e não à criança em si.
Depois dessa fase, uma nova tarefa de dificuldade equivalente à primeira foi proposta aos dois grupos de crianças. Aqui, elas não seriam obrigadas a cumprir a tarefa, mas podiam escolher se queriam ou não, sem qualquer tipo de conseqüência.
As respostas das crianças surpreenderam. A grande maioria das crianças do grupo A simplesmente recusou a segunda tarefa. As crianças não queriam nem tentar. Por outro lado, quase todas as crianças do grupo B aceitaram tentar. Não recusaram a nova tarefa.
A explicação é simples e nos ajuda a compreender como elogiar nossos filhos e nossos alunos. O ser humano foge de experiências que possam ser desagradáveis. As crianças “inteligentes” não querem o sentimento de frustação de não conseguir realizar uma tarefa, pois isso poderia modificar a imagem que os adultos têm delas. “Se eu não conseguir, eles não vão mais dizer que sou inteligente.” As “esforçadas” não ficam com medo de tentar, pois mesmo que não consigam é o esforço que será elogiado. Sabemos de muitos casos de jovens considerados inteligentes não passarem no vestibular, enquanto aqueles jovens “médios” obtêm a vitória. Os inteligentes confiaram demais em sua capacidade e deixaram de se preparar adequadamente. Os outros sabiam que se não tivessem um excelente preparo não seriam aprovados e, justamente por isso, estudaram mais, resolveram mais exercícios, leram e se aprofundaram melhor em cada uma das disciplinas.
No entanto, isso não é tudo. Além dos conteúdos escolares, nossos filhos precisam aprender valores, princípios e ética. Precisam respeitar as diferenças, lutar contra o preconceito, adquirir hábitos saudáveis e construir amizades sólidas. Não  se consegue nada disso por meio de elogios frágeis, com enfoque apenas no ego de cada um. É preciso que sejam incentivados constantemente a agir assim. Isso se faz com elogios, feedbacks e incentivos ao comportamento esperado.
Nosso filhos precisam ouvir frases como: “Que bom que você o ajudou, você tem um bom coração”, “Parabéns, meu filho, por ter dito a verdade apesar de estar com medo… Você é ético”, “Filha, fiquei orgulhoso de você ter dado atenção àquela menina nova ao invés de tê-la excluído, como algumas de suas colegas o fizeram… Você é solidária”, “Isso mesmo, filho; deixar seu primo brincar com seu videogame foi muito legal, você é um bom amigo”. Elogios desse tipo estão fundamentados em ações reais e o comportamento da criança, que tenderá a repeti-los. Isso não é “tática” paterna, é incentivo real.
Por outro lado, elogiar superficialidades é uma tendência atual.. “Que linda você é, amor”, “Acho você muito esperto, meu filho”, “Como você é charmoso”, “Que cabelo lindo”, “Seus olhos são tão bonitos”. Elogios como esses não estão baseados em fatos, nem em comportamentos ou atitudes. São apenas impressões e interpretações dos adultos. Em breve, crianças como essas estarão fazendo chantagens emocionais, birras, manhas e “charminhos”. Quando adultos, não terão desenvolvido a resistência à frustração, e a fragilidade emocional estará presente.
Homens e mulheres de personalidade forte e saudável são como carvalhos que crescem nas encostas de montanhas. Os ventos não os derrubam, pois cresceram na presença deles. São frondosos, têm copas grandes e o verde de suas folhas mostra vigor, pois se alimentaram da terra fértil.
Que nosso filhos recebam o vento e a terra adubada por nossa postura firme e carinhosa.
Texto de Marcos Meier


Pense nisso!!! Podemos colher bons frutos no tempo certo.
Bjos
Danny

segunda-feira, 9 de maio de 2011

JOGO: fICHAS SOBREPOSTAS

Você já deve ter se deparado com um aluno que escreve um numeral conforme a fala, ou seja, escreve do mesmo modo que ditamos as palavras. Por exemplo: ~solicita ao aluno para escrever "dois mil, novecentos e quarenta e um" e ele escreve, assim - 2 1000 900 40 1 ou 2000 900 41. Esse aluno, assim como no sistema de escrita, não se apropriou das convenções do sistema de numeração decimal. Ele conhece, somente, alguns números coringa, como "1000", "40", por exemplo, e se apoia na fala para escrever o solicitado.
Um jogo que tem colaborado para que os alunos se apropriem das convenções numéricas e de suas regras é as "FICHAS SOBREPOSTAS", uma proposta que diverte o aluno, e ainda propicia intervenções que auxiliaram na compreensão dos alunos.

 FICHAS SOBREPOSTAS

Orientação 
 Proponha jogos em grupos de quatro alunos: cada um deve organizar suas fichas em três montinhos separando as de 1 algarismo, 2 algarismos, 3 algarismos e 4 algarismos.
v     1ª rodada: diga para cada participante formar um número utilizando uma ficha de cada monte, e que leiam para o seu grupo, o número formado. Em seguida, diga que vencerá a rodada quem formou o maior número. Oriente a construção de uma tabela, para marcar os resultados das rodadas e, que devolvam as fichas nos montinhos para a formação de novos números.
v     2ª rodada: diga para os participantes formarem outro número. A condição para vencer a rodada  é a formação, por exemplo, do menor  número.
v     3ª rodada: novamente as fichas nos montes originais e a formação de outro número. Ganhará a rodada aquele que formar o número mais próximo de 500, por exemplo.
Oriente os alunos que este jogo pode ter quatro ou cinco rodadas, com os critérios para vencer cada uma delas, escolhidos por ele, e posteriormente, em outros momentos, escolhidos por um aluno, que seria o “juiz” do jogo.
Proponha desafios possíveis para seus alunos. Lembre-se, suas intervenções são a chave do negócio, ops, da aprendizagem. Faça bons questionamentos!!!



Um beijão...
Não se esqueça, me conte como foi a atividade.
Danny