quinta-feira, 7 de julho de 2011

QUE FALE SOBRE A LOUCURA A PRÓPRIA DONA LOUCURA

Quem mais apropriada para falar sobre a loucura do que a própria dona Loucura? Ela, que afirma que a natureza, a mãe produtora do gênero humano, dispôs que em coisa alguma faltasse o condimento da loucura e citando os estóicos que são impassíveis a dor e adversidade e que                                                                                                                                                                                                                                                                                                           expõe o ponto de vista destes quando afirmam que o sábio é aquele que vive de acordo com as regras da razão, e louco, ao contrário, é o que se deixa arrastar ao sabor de suas paixões. Contudo, assegura dona Loucura que, com receio de que a vida do homem se tornasse triste e infeliz, lhe foi   aumentado muito mais a dose das paixões   que a da razão, relegando a razão para um estreito cantinho da cabeça, deixando todo o resto do corpo preso das desordens e da confusão.

Há de se indagar: para onde leva o homem essas desordens e confusão ? Diria que quase sempre a um estado de loucura, representada por uma série de males que o homem causa ao homem. 
O que são as guerras,  os assassinatos, as perseguições, a pobreza, a fome,  a infâmia, a desonra, os tormentos, a inveja, as traições, as injúrias, os conflitos, as fraudes senão  atos de loucura?

         Ainda sobre  as calamidades a que está sujeita a vida dos mortais  sou levada até  dona Loucura, que comovida exclamou:  “Santo Deus! O que é afinal a vida humana? Como é miserável, como é sórdido o nascimento?! Como é penosa a educação?! A quantos males está exposta a infância?! A juventude?! Como é grave a velhice?! Como é dura a necessidade da morte?! (?)”.Chegando aos finalmente, fico cá imaginando se razão tinha Martin Luther King quando afirmou: “ Temos de aprender a viver todos como irmãos ou morreremos todos loucos”.

encantodasletras.50webs.com/loucura.htm

 

PENSE NISSO!!!

“Nunca se deve engatinhar quando se tem o impulso de voar”.
Helen Keller (1880-1968), escritora americana cega e surda