Quem mais apropriada para falar sobre a loucura do que a própria dona Loucura? Ela, que afirma que a natureza, a mãe produtora do gênero humano, dispôs que em coisa alguma faltasse o condimento da loucura e citando os estóicos que são impassíveis a dor e adversidade e que expõe o ponto de vista destes quando afirmam que o sábio é aquele que vive de acordo com as regras da razão, e louco, ao contrário, é o que se deixa arrastar ao sabor de suas paixões. Contudo, assegura dona Loucura que, com receio de que a vida do homem se tornasse triste e infeliz, lhe foi aumentado muito mais a dose das paixões que a da razão, relegando a razão para um estreito cantinho da cabeça, deixando todo o resto do corpo preso das desordens e da confusão.
Há de se indagar: para onde leva o homem essas desordens e confusão ? Diria que quase sempre a um estado de loucura, representada por uma série de males que o homem causa ao homem.
Há de se indagar: para onde leva o homem essas desordens e confusão ? Diria que quase sempre a um estado de loucura, representada por uma série de males que o homem causa ao homem.
O que são as guerras, os assassinatos, as perseguições, a pobreza, a fome, a infâmia, a desonra, os tormentos, a inveja, as traições, as injúrias, os conflitos, as fraudes senão atos de loucura?
Ainda sobre as calamidades a que está sujeita a vida dos mortais sou levada até dona Loucura, que comovida exclamou: “Santo Deus! O que é afinal a vida humana? Como é miserável, como é sórdido o nascimento?! Como é penosa a educação?! A quantos males está exposta a infância?! A juventude?! Como é grave a velhice?! Como é dura a necessidade da morte?! (?)”.Chegando aos finalmente, fico cá imaginando se razão tinha Martin Luther King quando afirmou: “ Temos de aprender a viver todos como irmãos ou morreremos todos loucos”.
encantodasletras.50webs.com/loucura.htm
Ainda sobre as calamidades a que está sujeita a vida dos mortais sou levada até dona Loucura, que comovida exclamou: “Santo Deus! O que é afinal a vida humana? Como é miserável, como é sórdido o nascimento?! Como é penosa a educação?! A quantos males está exposta a infância?! A juventude?! Como é grave a velhice?! Como é dura a necessidade da morte?! (?)”.Chegando aos finalmente, fico cá imaginando se razão tinha Martin Luther King quando afirmou: “ Temos de aprender a viver todos como irmãos ou morreremos todos loucos”.
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